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Unidade EMBRAPII CPqD produzirá primeiro beacon totalmente nacional

23/05/2016
 
Ainda em 2016, o setor de tecnologia e inovação receberá o primeiro beacon – dispositivo que transmite informações de identificação via Bluetooth – com tecnologia 100% nacional e algumas funcionalidades inovadoras, não disponíveis nos produtos já existentes no mercado. Ele será desenvolvido pela Unidade EMBRAPII CPqD, em Campinas (SP), em parceria com a empresa Taggen, especializada em projetos e soluções baseadas na tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID).
 
“Será uma grande conquista para o país. As vantagens são enormes, como o custo mais acessível, até 50% menor que o do importado, e a comunicação via protocolo aberto, padrão Bluetooth”, afirma Mário Prado, diretor de tecnologia da Taggen. O objetivo, segundo ele, é desenvolver uma plataforma de serviços utilizando a tecnologia de beacons. 
 
Os beacons sairão de fábrica com a homologação da Anatel. Inicialmente, emitirão dados que permitirão a criação de aplicações de rastreabilidade, com foco principalmente nas áreas de logística e marketing. Na etapa seguinte os dispositivos já serão integrados a sensores, de modo que, junto com a identificação, possam transmitir mais algum tipo de informação, por exemplo, de temperatura, velocidade, pressão, altitude e luminosidade - o que vai ampliar o leque de aplicações.
 
Os beacons utilizam a tecnologia Bluetooth Low Energy para detectar a proximidade de outros dispositivos (também Bluetooth) e transmitir um número identificador único. “A comunicação com smartphones, por exemplo, abre a possibilidade de inúmeras aplicações para essa tecnologia, que é uma das habilitadoras do conceito de Internet das Coisas (IoT)”, explica Alberto Pacifico, da Gerência de Desenvolvimento de Dispositivos e Sensores da Unidade CPqD.
 
Além da produção dos beacons, que já possuem uma enorme demanda reprimida no país, a Unidade EMBRAPII CPqD e a Taggen oferecerão suporte técnico e tecnológico às empresas brasileiras, tanto em software quanto em serviços, para os mais diversos bens e produtos. “A área de tecnologia da informação é um dos segmentos que estão tirando muito proveito em projetos de inovação. E as parcerias público-privadas são essenciais para que esses projetos saiam do papel. É nesse momento que a EMBRAPII chega para ajudar por meio de recursos não-reembolsáveis e total acompanhamento técnico”, declara o diretor-presidente da organização, Jorge Guimarães.
 
A EMBRAPII mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e Ministério da Educação (ME) e atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação. O financiamento da instituição obedece a seguinte regra geral: a EMBRAPII pode investir até 1/3 das despesas das Unidades com projetos de PD&I com empresas, enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e a Unidade. Ao compartilhar riscos de projetos com as empresas (por meio da divisão dos custos do projeto), estimula-se o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.