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Uma crise política por dia

21/05/2020



A ABES promoveu, no dia 13 de maio, o webinar NOVOS TEMPOS: CENÁRIOS POLÍTICO E ECONÔMICO, que contou com a mediação de Rodolfo Fücher
Presidente da ABES e sócio-fundador da FEMP Participações, empresa cujo objetivo é fomentar o empreendedorismo.

No evento, Leonardo Barreto, cientista político, doutor pela UnB e diretor da Vector Análise, chamou a atenção para o fato que o Presidente Jair Bolsonaro enfrenta um período de instabilidade a partir dos efeitos negativos que a crise do novo coronavírus está trazendo para a sociedade brasileira, mas ainda precisa avançar nos arranjos e negociações políticas para manter a governabilidade. “As coalizões partidárias precisam ser negociadas continuamente”, explicou.

O ex-deputado federal Emerson Kapaz, atualmente diretor da GDSolar e consultor da Vector, ponderou que o combate à pandemia deveria ser priorizado e ter uma coordenação nacional, que vem sendo desmontada. “Bolsonaro poderia ser o grande coordenador de uma aliança brasileira, mas ele foi na direção contrária. Bolsonaro está sendo contra alguns governadores, pensando já nas eleições de 2022. Ele abriu mão do maior esteio que tinha, o juiz Sérgio Moro. O sucesso do seu governo está nas mãos de Paulo Guedes”, opinou.

Na avaliação de Jean Carlo de Castro, sócio-fundador da Vector Relações Governamentais, destacou o protagonismo no Poder Legislativo, com o deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, trabalhando para ser um ponto de equilíbrio neste cenário político complexo. “O Brasil tinha tudo para ser um grande líder no cenário latino-americano de combate à pandemia, mas não assumiu essa liderança”, analisou.

Rafael Moreira, economista, que trabalhou no Ministério de Desenvolvimento e que, atualmente, é CEO da Bertha Capital, empresa na área de Corporate Venture Capital (CVC), abordou as consequências no cenário econômico. Ele destacou que do ponto de vista macroeconômico a situação é crítica, em função da queda do PIB, com projeções de redução que variam de -3,7 a -7,5. “A política monetária é marcada pela redução da taxa de juros Selic, temos forte desvalorização do real frente ao dólar, aumento do desemprego e do déficit público”, alertou. Os investidores estão também reticentes no aporte de recursos em startups e olham para as oportunidades nos setores que crescem com a crise, como o da saúde.

Acesse o link e assista o webinar completo: https://www.youtube.com/watch?v=qRL7JS1MkFE