07/01/2014
Pesquisa mostra percepção das pessoas em relação à tecnologia na saúde
O Barômetro de Inovação em Saúde da Intel, realizado em oito países (Brasil, China, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão e Estados Unidos) pela Penn Schoen Berland, a pedido da Intel, revelou que a maioria das pessoas acredita que a tecnologia é a melhor promessa para a cura de doenças fatais, superando as expectativas com o aumento do número de médicos ou dos financiamentos para pesquisas. Em relação aos brasileiros, 79% são otimistas sobre o futuro da saúde em termos de inovação e tecnologia; estariam dispostos a participar de consultas médicas digitais, e adotariam o uso de sensores em seus corpos e até em seus toaletes.
“Esta pesquisa indica a boa vontade das pessoas para tornarem-se parte da solução para os problemas de saúde do mundo com o auxílio de todos os tipos de tecnologias”, destaca Eric Dishman, Intel Fellow e gerente geral do Grupo de Soluções Estratégicas e de Saúde da Intel. “A maioria das pessoas parece gostar da ideia de, em um futuro próximo, usar de tecnologias que permitam serem tratadas fora das paredes do hospital, dando a elas a chance de compartilhar suas informações anonimamente para melhores resultados e tratamentos personalizados ao perfil genético específico de cada pessoa”, conclui Dishman.
A pesquisa da Intel revelou que o maior desejo dos respondentes em relação à intersecção da saúde com a tecnologia é proporcionar um tratamento mais personalizado com base em seus próprios comportamentos. Além disso, eles esperam que o avanço tecnológico possibilite que o atendimento seja feito no lugar e no momento mais conveniente ao paciente.
O usuário como parte do processo
Mais de70% dos participantes são receptivos ao uso de sensores no toalete, sensores em frascos prescritos e monitores por ingestão para a coleta de dados atuais e acionáveis sobre a saúde pessoal. A pesquisa aponta também que 66% das pessoas preferem um tratamento personalizado com base em seus perfis genéticos e biologia e 53% dos entrevistados afirmaram confiar em um teste administrado por eles próprios da mesma forma, ou até mais, do que um administrado por um médico.
“Tecnologias como a computação de alto desempenho e a análise de Big Data têm o poder de mudar a cara da saúde nesse mundo e a maioria das pessoas parece desejar isto”, afirma Dishman. “Quando existe a opção entre ter o mesmo tratamento que outras pessoas com os mesmos sintomas ou ter um tratamento baseado em seu próprio perfil genético, dois entre cada três entrevistados escolhem o tratamento personalizado”.
Compartilhando informações para o bem
Com intuito de estimular o avanço na área da medicina e reduzir custos para todos, os respondentes da pesquisa indicaram boa vontade para compartilhar suas informações. Dados revelaram que a imensa maioria das pessoas (84%), dos oito países participantes, compartilharia anonimamente suas informações de saúde, como por exemplo, resultados laboratoriais, se isso pudesse reduzir os custos dos medicamentos ou o custo geral do sistema de saúde.
“Melhorar a saúde é um esporte de equipe, incluindo pacientes e suas famílias” acrescentou Dishman. A pesquisa da Intel demonstra que quando as pessoas enxergam os benefícios para elas e suas comunidades, elas se abrem ao compartilhamento de informações muito sensíveis. “No final, essa será a chave para a vitória”, acrescentou Dishman.
Dos respondentes da pesquisa, a maioria prefere compartilhar seus resultados laboratoriais (47%) do que seus registros telefônicos (38%) ou informações bancárias (30%) para ajudar à inovação.
O Hospital em casa
Para 57% das pessoas de todo o mundo os hospitais serão obsoletos no futuro. Eles acreditam que a inovação tecnológica possibilitará desafogar os pontos de atendimento, além de reduzir os custos de ter que ver um médico pessoalmente para muitos aspectos dos tratamentos de saúde, liberando as pessoas das restrições convencionais de tempo e localização.
“O tratamento deve ocorrer em casa como modelo padrão, não em um hospital ou clínica”, declarou Dishman. “Novas tecnologias podem levar a tomada de decisões, o monitoramento da saúde e os técnicos de saúde para dentro das casas. Também foi interessante ver que as pessoas em mercados emergentes, como Brasil, China e Índia, confiam em si mesmas para o uso de tecnologias de monitoramento, mais do que aquelas em economias mais tecnologicamente avançadas, como Japão e Estados Unidos”.
Do total, 72% dos entrevistados estão dispostos a ver um médico via videoconferência para consultas rotineiras. À medida que a inovação tecnológica e as ferramentas para o automonitoramento melhoram, as pessoas podem adotar tecnologias que as permitam se conectar com seus médicos de novas maneiras, como o uso de sensores que transmitem dados de saúde em tempo real. As tecnologias atuais, como as redes sociais e a videoconferência, também auxiliarão na adoção novos comportamentos.
Principais percepções dos brasileiros
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46% dos brasileiros entrevistados confiariam em um diagnóstico fornecido por seu médico via videoconferência.
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72% dos brasileiros são receptivos às tecnologias de comunicação que os permitam se conectar remotamente com seus médicos.
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A Inovação menos provável de ser incorporada pela população global é o uso de um robô para realizar cirurgias.
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Mais da metade dos entrevistados brasileiros (52%) confiaria em si mesmo para monitorar sua pressão sanguínea.
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65% dos entrevistados brasileiros disseram que os hospitais tradicionais se tornarão obsoletos no futuro, em comparação com os 57% dos entrevistados de todo o mundo.
Metodologia da Pesquisa
A pesquisa foi realizada online entre os dias 28 de julho e 15 de agosto de 2013, com 12 mil adultos maiores de idade, com uma margem de erro de mais ou menos 0.89 pontos percentuais. Mais informações:
www.intel.com/newsroom/healthcare.