Brasil está em 60º lugar no ranking de competitividade no setor de TI
A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) alerta empresários e executivos brasileiros sobre a importância de atuar com infraestrutura de TI legalizada para que o setor possa contribuir para o aumento da competitividade do país. De acordo com o 12º Relatório Global de Tecnologia da Informação, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil está em 60º lugar no ranking de competitividade no setor de TI, que avalia a influência e impactos das TIC para o desenvolvimento de 144 países.
No Brasil, a iniciativa conjunta é de responsabilidade do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e da Fundação Dom Cabral. Apesar de ter subido cinco posições em relação à última edição do estudo, o Brasil ficou atrás de vários países da América Latina como Chile, Porto Rico, Barbados, Panamá, Uruguai e Costa Rica. Entre os BRICS, o país ficou atrás da China e Rússia e à frente da Índia e África do Sul. O estudo completo pode ser encontrado no seguinte link:
www3.weforum.org.
“Ao atuar com suas licenças de software legalizadas, os empresários criam um ambiente de competição justa com seus concorrentes, que investem em tecnologia. Essa atitude contribui para o aumento do emprego e apoia o crescimento econômico, tornando o país mais competitivo”, alerta Jorge Sukarie, presidente da ABES, que em março lançou a Campanha Empreendedor Legal (
www.empreendedorlegal.org.br), para combater a concorrência desleal, explorando a importância do uso do software legalizado, em todos os segmentos empresariais, e o respeito à propriedade intelectual.
Para o diretor-presidente do MBC, Erik Camarano, o Brasil tem superado gargalos estruturais de TI, mas precisa avançar em conformidade com as leis e os direitos intelectuais para se manter competitivo: “Os setores público e empresarial brasileiro devem atuar em conjunto para implementar estratégias que permitam a inclusão digital efetiva e legalizada em todo o território nacional, caso contrário corremos o risco de perder competitividade global e não proporcionar à população os benefícios sociais das TIC”.
Cenário atual
A pirataria de software ainda atinge 53% do mercado nacional, segundo pesquisa da BSA - The Software Alliance. Essa atividade anda na contramão do crescimento econômico e da prosperidade do país, contribuindo para o crime organizado e impedindo o crescimento de mercados, investimentos no desenvolvimento de novas tecnologias, geração de novos empregos e prejudicando a arrecadação de tributos.
De acordo com dados da BSA, se a pirataria fosse reduzida no Brasil em 10 pontos percentuais nos próximos quatro anos, seriam criados mais de 12,3 mil postos de trabalho e mais de US$ 4 bilhões de dólares seriam devolvidos à economia brasileira.
Embora alguns usuários procurem software ilegal para reduzir custos, um estudo do IDC aponta que as chances de infecção por malwares inesperados atingem um a cada três consumidores e três a cada 10 empresas. Como resultado, os consumidores gastarão 1,5 bilhão de horas e US$ 22 bilhões para identificar, reparar e recuperar seus equipamentos do impacto dos códigos maliciosos (malware), enquanto que empresas transnacionais irão gastar US$ 114 bilhões para lidar com o impacto de um ataque cibernético induzido por malware, quando poderiam investir em desenvolvimento, inovação e novos postos de trabalho.