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Software Alice ensina a lógica da programação de forma lúdica para crianças e jovens
10/11/2014
Confira entrevista com o organizador do congresso Alice Brasil, realizado no mês passado
Criado nos Estados Unidos pelos pesquisadores da Universidade Norte Americana Carnegie Mellon, o software Alice vem sendo utilizado como instrumento didático pelos brasileiros, contribuindo para o ensino de programação para crianças e jovens. Trata-se de uma ferramenta de técnica 3D gratuita, que permite ao usuário aprender conceitos fundamentais de programação, criar filmes animados e videogames simples com mais facilidade.
Representações gráficas de pessoas, animais e veículos em 3D povoam um mundo virtual, criando um ambiente para que estudantes sem qualquer conhecimento prévio de computação possam inventar animações e até compartilhá-las na web. O nome Alice homenageia o novelista Lewis Carroll, famoso pela autoria dos livros “Alice no País das Maravilhas” e “Alice Através do Espelho”.
A quarta edição do Congresso Alice Brasil, realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie no mês passado, reuniu pesquisadores, representantes de instituições acadêmicas e demais especialistas nacionais e internacionais na área, para debater quais são as vantagens da utilização desse instrumento como meio de ensino.
De acordo com Edson Barros, mestre em Ciência da Computação pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, doutor em Engenharia Elétrica na área de Sistemas Eletrônicos pela POLI-USP e organizador do Congresso Alice Brasil, o objetivo do software Alice é ensinar lógica de programação, enquanto o usuário imagina que está aprendendo a lidar com realidade virtual. “Esse é o truque escondido por trás da proposta”, destaca.
Confira a entrevista que o especialista concedeu ao Portal ABES e saiba como o software Alice pode contribuir para a formação de programadores.
Quais são as principais vantagens do uso do software Alice como meio de ensino?
O software Alice é uma ferramenta lúdica, muito semelhante a um videogame. Funciona como um imã para um público jovem e dinâmico acostumado com tecnologia e que assimila o funcionamento das novidades tecnológicas com naturalidade. Dessa forma, enquanto o estudante explora as variações do mundo virtual ele de fato está aprendendo os comandos complexos de linguagem de programação.
Por que foi relevante a realização deste congresso no Brasil?
Por várias razões é importante a realização do Congresso Alice Brasil, destacando-se inicialmente a divulgação constante da existência da proposta pedagógica para o meio acadêmico brasileiro, que é o principal agente de mudança a ser sensibilizado. Outro fato interessante e extremamente válido está relacionado na real oportunidade de aprendermos as novidades divulgadas pelo pessoal da Carnegie Mellon University e de compartilharmos nossas descobertas com a comunidade como um todo.
Como o conhecimento em programação 3D ajuda na capacitação profissional e inserção no mercado de trabalho?
Há vários produtos de software desenvolvidos com a realidade virtual e essa é uma tendência cada vez mais presente. Mas o principal foco do Alice está no fato de disciplinar o aprendiz nos processos de Programação Orientada a Objetos e nesse sentido os elementos dentro dos mundos tridimensionais são objetos virtuais com propriedades configuráveis, originários de uma classe, sendo que quando programamos seus movimentos ou ações estamos trabalhando com os seus métodos. Os conceitos de classe, objetos, propriedades e métodos são elementos de difícil compreensão em linguagem de programação, pois exigem uma considerável dose de abstração do programador. Mas, quando observados em um mundo virtual, esses mesmos conceitos mostram-se naturais e de compreensão significativamente simples.
Como o estudante pode ter acesso a este software?
O software pode ser baixado no site do projeto Alice nos Estados Unidos (www.alice.org), sendo que se encontrará lá duas versões principais, o Alice 2 e o Alice 3. Um não substitui o outro e ambos são utilizados concomitantemente. No site brasileiro www.alicebrasil.com.br há informações relacionadas aos congressos e algumas publicações dos colaboradores nos anais. Segundo a professora Wanda, líder mundial do projeto, o nosso site é o único a produzir uma literatura técnica em língua portuguesa.
Para atuar em programação 3D, quais são as habilidades que o estudante precisa desenvolver?
A proposta original do software Alice era desenvolvida em linguagem Python, com o foco ao desenvolvimento dos mundos virtuais. Nesse sentido, o estudante provavelmente precisava exercitar sua abstração no entendimento do universo cartesiano. Nas versões mais recentes do software as regras cartesianas continuam presentes, mas elas são assimiladas pelos estudantes de forma fácil e lúdica, algo muito natural. O objetivo do software Alice é ensinar lógica de programação, enquanto o usuário imagina que está aprendendo a lidar com realidade virtual. Esse é o truque escondido por trás da proposta.
Confira a entrevista que o especialista concedeu ao Portal ABES e saiba como o software Alice pode contribuir para a formação de programadores.
Quais são as principais vantagens do uso do software Alice como meio de ensino?
O software Alice é uma ferramenta lúdica, muito semelhante a um videogame. Funciona como um imã para um público jovem e dinâmico acostumado com tecnologia e que assimila o funcionamento das novidades tecnológicas com naturalidade. Dessa forma, enquanto o estudante explora as variações do mundo virtual ele de fato está aprendendo os comandos complexos de linguagem de programação.
Por que foi relevante a realização deste congresso no Brasil?
Por várias razões é importante a realização do Congresso Alice Brasil, destacando-se inicialmente a divulgação constante da existência da proposta pedagógica para o meio acadêmico brasileiro, que é o principal agente de mudança a ser sensibilizado. Outro fato interessante e extremamente válido está relacionado na real oportunidade de aprendermos as novidades divulgadas pelo pessoal da Carnegie Mellon University e de compartilharmos nossas descobertas com a comunidade como um todo.
Como o conhecimento em programação 3D ajuda na capacitação profissional e inserção no mercado de trabalho?
Há vários produtos de software desenvolvidos com a realidade virtual e essa é uma tendência cada vez mais presente. Mas o principal foco do Alice está no fato de disciplinar o aprendiz nos processos de Programação Orientada a Objetos e nesse sentido os elementos dentro dos mundos tridimensionais são objetos virtuais com propriedades configuráveis, originários de uma classe, sendo que quando programamos seus movimentos ou ações estamos trabalhando com os seus métodos. Os conceitos de classe, objetos, propriedades e métodos são elementos de difícil compreensão em linguagem de programação, pois exigem uma considerável dose de abstração do programador. Mas, quando observados em um mundo virtual, esses mesmos conceitos mostram-se naturais e de compreensão significativamente simples.
Como o estudante pode ter acesso a este software?
O software pode ser baixado no site do projeto Alice nos Estados Unidos (www.alice.org), sendo que se encontrará lá duas versões principais, o Alice 2 e o Alice 3. Um não substitui o outro e ambos são utilizados concomitantemente. No site brasileiro www.alicebrasil.com.br há informações relacionadas aos congressos e algumas publicações dos colaboradores nos anais. Segundo a professora Wanda, líder mundial do projeto, o nosso site é o único a produzir uma literatura técnica em língua portuguesa.
Para atuar em programação 3D, quais são as habilidades que o estudante precisa desenvolver?
A proposta original do software Alice era desenvolvida em linguagem Python, com o foco ao desenvolvimento dos mundos virtuais. Nesse sentido, o estudante provavelmente precisava exercitar sua abstração no entendimento do universo cartesiano. Nas versões mais recentes do software as regras cartesianas continuam presentes, mas elas são assimiladas pelos estudantes de forma fácil e lúdica, algo muito natural. O objetivo do software Alice é ensinar lógica de programação, enquanto o usuário imagina que está aprendendo a lidar com realidade virtual. Esse é o truque escondido por trás da proposta.