Líder desde 2008 do ranking formado por 43 setores de atividade, o segmento de Tecnologia da Informação foi mais uma vez o que realizou maior número de fusões e aquisições em 2012, de acordo com levantamento da KPMG, com 104 transações, 15,6% acima das 90 realizadas ao longo de 2011. A seguir, ficaram os setores de Serviços para Empresas, com 65 operações; Empresas de Internet (conhecidas como “ponto com”), com 56; Alimentos, Bebidas e Fumo, com 46; Imobiliário, com 33, e Empresas de Energia, com 30 transações.
Foram realizadas 816 transações de fusões e aquisições que envolveram direta ou indiretamente empresas brasileiras no ano passado, uma a menos que em 2011, quando foi registrado o recorde histórico na pesquisa.
Segundo o levantamento, diferentemente do que ocorreu em 2011, quando as transações domésticas (envolvendo apenas empresas de capital brasileiro) foram a maioria, com 410 operações (50,2% do total), essa categoria totalizou 342 negócios em 2012 (41,9% do total).
As transações nas quais uma empresa de capital estrangeiro adquire de empresa de capital brasileiro estabelecida no país (conhecida como tipo CB1) apresentaram evolução de 42,3%, passando dos 208 negócios em 2011 para 296 no ano passado. Já as transações de internacionalização de empresas brasileiras (CB2) tiveram recuo de 33,9%, passando de 56 transações em 2011, para apenas 37 em 2012.
Foi observada estabilidade nas transações CB3 (em que empresa de capital brasileiro adquire de estrangeiros empresa de capital estrangeiro estabelecida no Brasil), com 30 negócios nos últimos 12 meses contra 29 do ano anterior, e pequeno recuo, de 4,7%, em negócios envolvendo empresa de capital estrangeiro que adquire de estrangeiros empresa de capital estrangeiro estabelecida no Brasil (CB4), com 102 negócios de 2012, cinco a menos que o observado em 2011.
“Em 2012, apesar de a participação de brasileiros no protagonismo dos negócios ter sido significativa, ainda percebemos uma presença pronunciada dos estrangeiros, que atuaram forte, principalmente na ponta compradora”, explica Luis Motta, sócio-líder da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil e responsável pela pesquisa.