25/11/2019
Pesquisa da ARC revela que apenas de 5% a 8% dos fabricantes de processos industriais estão prontos para a transformação digital hoje, indicando grande potencial de crescimento para a transformação
Os benefícios comerciais obtidos com projetos internos de transformação digital foram tema da conferência anual realizada pela AVEVA - líder global em software industrial e de engenharia - no Brasil, na qual a empresa revelou as opiniões e impressões de seus clientes sobre os ganhos obtidos por organizações industriais e de capital intensivo ao colocar em prática esses projetos.
Uma das constatações é que, enquanto os setores de finanças, seguros, saúde e varejo rapidamente aproveitaram a Internet das Coisas (IOT), inteligência artificial e big data para atender às necessidades de seus clientes, o mundo industrial tem sido mais lento na adoção de novas tecnologias.
Pesquisa recente, conduzida pelo ARC Advisory Group (ARC), com 157 fabricantes de processos industriais, mostrou que ainda há barreiras na responsabilidade organizacional, cultura e gerenciamento de funcionários que impede a transformação.
Hora de quebrar barreiras à adoção digital das organizações no Brasil
De acordo com a pesquisa realizada pela ARC (empresa líder em pesquisa e consultoria tecnológica para indústria, infraestrutura e cidades), embora mais de 88% dos fabricantes de processos industriais estejam utilizando tecnologia avançada, apenas de 5% a 8% deles estão hoje prontos para a transformação digital. As principais barreiras à adoção, de acordo com a ARC, são a composição organizacional e a escalabilidade de casos de uso e usuários internos. Já o maior fator de transformação digital no setor industrial é a necessidade de lidar com as consequências comerciais dos períodos de inatividade não planejados.
“Nunca foi tão fácil iniciar um programa de transformação digital, pois o acesso barato à computação em nuvem, ótima conectividade, a fusão de Edge com Enterprise, combinadas com análises e aprendizado de máquina, significam que a capacidade de impulsionar digitalmente as melhorias de produtividade no mundo industrial agora é sem precedentes” comentou Craig Hayman, CEO da AVEVA. “Os líderes brasileiros que conduzem a próxima onda de transformação digital sabem que precisam se mover rapidamente. A AVEVA trabalha como um parceiro para acelerar as organizações em sua jornada digital, ajudando-as a acelerar o uso da tecnologia digital, perceber o valor de um gêmeo digital e formar uma equipe digital”, completa.
Benefícios incalculáveis da transformação digital para o setor industrial no Brasil
“Os benefícios da transformação digital no setor industrial da América Latina são muitos. A integridade aprimorada dos ativos resultará em uma redução no tempo de inatividade não planejado e no melhor desempenho dos ativos, enquanto os recursos de previsão de incidentes podem reduzir o risco operacional e proteger a segurança do trabalhador”, comentou Marcio Razera, country manager da Aveva no Brasil. “Além disso, o aprendizado cognitivo pode fornecer inteligência digitalizada, resultando em conhecimento e experiência disponíveis gratuitamente em toda a organização”, completa Razera.
A Aveva esboçou três etapas principais para acelerar a jornada de transformação digital organizacional. Em primeiro lugar, pediu às organizações que instalassem um centro operacional unificado para visualizar os dados industriais que já possuíam. Em segundo lugar, as organizações precisam usar os dados para liberar o OPEX ou o orçamento operacional, criar um gráfico de conhecimento sobre um ativo e utilizar aprendizado de máquina e inteligência artificial para prever quando ele falhará antes que isso ocorra. Esse processo chamado Asset Performance Management, ou APM, é uma área que se moveu muito rapidamente com muita inovação. Finalmente, as organizações devem usar seus dados para remover os riscos, trazendo simulação para o projeto de engenharia e usando a nuvem para eliminar os fluxos de trabalho herdados.
"Com o tempo, essas três etapas se combinam em um gêmeo digital de ponta a ponta, que abrange os dados originais de engenharia de uma organização, passando pelo desempenho operacional e pelo trabalho de manutenção", comentou Razera. “Ao aproveitar os dados integrados e os recursos analíticos de cada um dos gêmeos digitais, as empresas podem embarcar na verdadeira digitalização para otimizar o ciclo de vida de seus ativos. Esse processo começa com os investimentos iniciais de capital até a fase operacional de uma planta moderna, refinaria ou cidade inteligente”.