21/02/2017
A Taggen, empresa especializada em projetos e soluções IoT, em parceria com a Unidade EMBRAPII CPqD, desenvolveu o primeiro beacon totalmente projetado e fabricado no Brasil – o chamado Taggen Beacon. O protótipo foi recebido com entusiasmo pelos participantes do 1º Fórum Brasileiro e Latino Americano de Internet das Coisas, realizado no mês de setembro do ano passado em São Paulo. A inovação brasileira apresentou inúmeros diferenciais em relação aos modelos existentes no mercado internacional.
O beacon é um pequeno dispositivo que emite sinais por meio da tecnologia Bluetooth Low Energy, também conhecida como BLE. Eles são captados por qualquer dispositivo que trabalhe com bluetooth, como smartphones, tablets, notebooks, entre outros. O Taggen Beacon trabalha com padrões de mercado criados pela Apple (Apple iBeacon) e Google (EddyStone), garantindo sua compatibilidade com padrões internacionais. Esse tipo de dispositivo, que até então era acessível somente por meio de importação, não podia ser utilizado em produtos no país em razão da falta de certificação pela Anatel.
Com a fabricação nacional, a Taggen facilita a vida das empresas na criação de inúmeras aplicações inovadoras, utilizando a tecnologia para renovar seus negócios. Como o beacon pode ser detectado por qualquer smartphone, permite a criação de ‘apps’ que fornecem informações aos seus usuários e terceiros, possibilitando divulgações promocionais, o envio de mensagens publicitárias, promoções instantâneas, localização de pessoas e objetos, navegação indoor e outdoor, rastreabilidade e muitas outras.
Mário Prado, CTO da TAGGEN Soluções IoT, ressalta o alto padrão de tecnologia usado para a fabricação do beacon. “Nos últimos quatro meses, validamos exaustivamente os recursos e vantagens do nosso beacon para um lançamento consistente no mercado nacional, com o auxílio do nosso principal parceiro, o CPqD. Com seus excelentes profissionais, laboratórios e procedimentos de testes, fizemos um benchmarking comparativo com os melhores dispositivos mundiais”, comemora.
De acordo com Prado, os números obtidos foram empolgantes: consumo de energia reduzido, aumentando sua durabilidade em 15% quando comparado com os principais concorrentes internacionais; sinal de broadcast extremamente estável; alcance de até 150 metros em campo aberto e, em algumas avaliações, passando de 200 metros. “Sem falar de outros recursos. Nosso beacon é totalmente configurável, suportando os dois padrões existentes no mercado (EddyStone e/ou iBeacon). Inclusive, implementamos algumas extensões extremamente úteis para desenvolvedores de soluções, como buzzer polifônico, botão de evento e sensores diversos. Já está ‘saindo do forno’ e, muito em breve, lançaremos uma multiplataforma de ferramentas que facilitará o uso da tecnologia por empresas que desejam desenvolver suas soluções sem serem necessariamente ‘experts’ na tecnologia beacon ou em desenvolvimento de software”, explica.
Já o CEO da TAGGEN, Werter Padilha, ressalta a estratégia da companhia para entrar no mercado. “Embora lançado em setembro passado no Fórum IoT, esperamos até o início de desse ano para o efetivo ‘go-to-market’, revalidando os excepcionais resultados de testes de campo juntamente com vários parceiros ‘early-adopters’. Durante todo o ano de 2016, recebemos muitos contatos de empresas interessadas no uso da tecnologia para criarem novas unidades de negócio e/ou reinventarem seus legados. Tomamos o devido cuidado de consolidar o processo produtivo, orgulhosamente com parceiros nacionais, e somos capazes de produzir dezenas de milhares de beacons em poucas semanas”.
Padilha informa que os primeiros pedidos já estão sendo atendidos. A empresa no decorrer do trabalho, construiu uma rede de clientes, denominada Taggen IoT Alliance, para receber suporte na aplicação do beacon em seus segmentos de atuação como: processos industriais, movimentação logística, saúde, agronegócio, setores automotivo, alimentício, de eventos & turismo, entre outros.
“Tem sido fascinante ver estes parceiros não somente procurarem nossos beacons, como também compartilharem suas ideias e projetos, pedindo que os auxiliemos na construção de suas soluções. O Brasil prova mais uma vez que tem expertise e capacidade tecnológica, além de empreendedorismo inovador, à altura dos melhores e maiores players mundiais, que também estão se preparando para esta corrida”, finaliza.