28/03/2019
Focar na expansão do Porto Digital, garantir a sustentabilidade financeira e independência e ampliar o funcionamento em rede dos negócios. Esses foram os principais passos apontados pelo presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, durante encontro com empresários do ecossistema de inovação do Recife.
A meta do Porto Digital é, até 2025, ter cerca de 20 mil colaboradores distribuídos em 500 a 600 empresas no parque, com faturamento anual de R$ 3,5 bilhões. Com a expansão proposta, o parque dobrará de tamanho - atualmente, são cerca de nove mil profissionais em 300 empresas, com faturamento anual de R$ 1,7 bilhão.
Para enfrentar os desafios propostos pela gestão, o Porto Digital terá três núcleos de atividades-fim: Negócios e Inovação, Gente e Território. Confira as principais propostas de cada área para o período de cinco a seis anos:
• Negócios e Inovação: alcançar o número de 500 a 600 empresas no parque e dobrar o faturamento. Para conquistar as metas, a ideia é atrair mais companhias para o parque, desenvolver cada vez mais startups, montar uma rede de negócios, abrir novos mercados e atrair mais investimentos. Além disso, o Porto Digital irá buscar negócios para o ecossistema.
• Gente: alcançar 20 mil profissionais no parque, com foco nas iniciativas de formação de mão-de-obra e atração de colaboradoras por meio do programa MINAs. Também será formada uma Central de Pessoas, como primeira porta de entrada de trabalhadores no Porto Digital.
• Território: acomodar a expansão do Porto Digital está entre as principais preocupações do parque. Entre as oportunidades vislumbradas está a área do bairro de Santo Antônio, com melhoria das infraestruturas da região para atender às necessidades de empresas de alta tecnologia.
Além das atividades-fim, o Porto Digital irá desenvolver também as atividades-meio nas áreas de Espaço e Sustentabilidade. Entre as propostas estão o avanço na estrutura patrimonial, a busca pela iniciativa privada para o encaminhamento de projetos autossustentáveis, geração de caixa para projetos, escalabilidade de soluções e foco no resultado.
Sobre as MINAs
O programa Mulheres em Inovação, Negócios e Artes (MINAs) tem como objetivo fortalecer a presença de mulheres nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Economia Criativa, com foco em Pernambuco, especialmente nas cidades do Recife e Caruaru. As MINAs tem como princípios a desmistificação da ideia de que tecnologia não é “lugar de mulher”; além de transformar o ambiente educacional e profissional de tecnologia em uma realidade com maior presença feminina, mais acolhedor às mulheres e com igualdade de oportunidades. As MINAs do Porto Digital ainda tem como base a construção coletiva e feminina das ações - um programa para mulheres e por mulheres - e a inserção da perspectiva da equidade de gênero de forma transversal aos demais programas promovidos pelo Porto Digital.
Histórico
Reconhecido por sua territorialidade singular entre os ambientes de inovação, o Porto Digital é um parque urbano instalado no centro histórico do Bairro do Recife, mas já conta com áreas de expansão para os bairros de Santo Antônio, São José e Santo Amaro - o que totaliza uma área total de 171 hectares na capital pernambucana. A região, antes degradada e de pouca influência na economia local, vem sendo requalificada de forma acelerada em termos urbanísticos, imobiliários e de recuperação do patrimônio histórico edificado. Desde a fundação do parque tecnológico, em 2000, já foram restaurados mais de 84 mil metros quadrados de imóveis históricos.
Na sua fundação, o parque tecnológico era formado por apenas três empresas e 46 pessoas. Atualmente, o Porto Digital abriga 316 empresas, organizações de fomento e órgãos de Governo, com 9 mil colaboradores e 800 empreendedores. Esses empreendimentos geram um faturamento anual de mais de R$ 1,7 bilhão. Empresas de vários portes compõem o ecossistema do Porto Digital: de startups a multinacionais, como a Accenture, que transformou o Bairro do Recife em uma de suas áreas de atuação estratégica.