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Perspectivas para o setor de TI no Brasil em 2017 são positivas

12/01/2017



Legislação, formação de mão de obra, fontes de fomento, desburocratização
e crise política se mantêm como principais desafios.

A expansão das tecnologias associadas a Big Data, Analytics, Internet das Coisas (IoT), Computação em Nuvem, Terceira Plataforma e a transformação digital das empresas, organizações e do governo são fatores que vão impulsionar o setor de TI nacional em 2017.  Além disso, a maior disponibilidade de aplicações em dispositivos móveis, em Nuvem e IoT, demandam um aumento substancial nos investimentos na área de segurança da informação.

Essa é a avaliação da ABES, que indica que as perspectivas para o setor são positivas, apesar dos desafios que têm se mantido ao longo do tempo e que precisam ser superados: o ambiente tributário complexo e instável, as deficiências na formação de mão de obra, a falta de fontes de fomento e de políticas públicas de longo prazo, a necessidade de desburocratização e a crise política.

“Temos passado por alguns anos de conjuntura econômica recessiva, mas o setor tem conseguido atravessar esse momento turbulento, com crescimento dos investimentos em tecnologia da informação acima da média mundial, mesmo que com taxas menores que nos anos anteriores, segundo mostram os dados do estudo que a ABES realiza em parceria com o IDC. O Gartner também aponta a área de software e serviços como a principal responsável pela expansão dos investimentos em TI no Brasil para os próximos anos”, ressalta Francisco Camargo, Presidente da ABES. Estimativas iniciais deste estudo ABES/IDC apontam que o crescimento brasileiro dos investimentos em TI de 2016 foi de 3%, quando comparado com os números de 2015.

Transformação digital

Para Camargo, isso ocorre porque as tecnologias de TIC são agentes transformadores e fundamentais para alavancar todos os setores econômicos e sociais, tanto as empresas, como a gestão pública e os serviços essenciais à população, como saúde, educação e segurança pública. “Intensificamos ainda mais o nosso diálogo com áreas-chave em Brasília, entre elas os ministérios do Planejamento e de Ciência Tecnologia, e ainda com o BNDES, a fim de articularmos novas políticas públicas de incentivo à inovação e ao empreendedorismo, envolvendo a iniciativa privada, as universidades, os parques tecnológicos e os governos”, completa o executivo. A ABES mantém parcerias com centros de inovação e pesquisa em diferentes regiões do Brasil, com o Porto Digital (PE), a ACATE (SC), o Núcleo Softex Campinas (SP) e o BH-TEC - Parque Tecnológico de Belo Horizonte (MG).

A ABES apoia Inciativas como o site  www.BrasilPais.Digital.com.br, discute o uso de dados, sua proteção e privacidade e o Guia do Empreendedorismo a ser lançado no final deste mês, com varias dicas para empreendedores.

Reforma do ISS com vetos
A ABES encerrou o ano de 2016 tendo o desafio de trabalhar contra o aumento da complexidade tributária para o setor de software e serviços, que decorreria da aprovação da Lei Complementar nº 157, de 29 de dezembro de 2016, que alterava a Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, que regulamenta a cobrança do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

“As entidades setoriais se mobilizaram para que não ocorresse a mudança do municipio competente para cobrar o tributo, evitando assim a transferencia para o contribuinte da responsabilidade de fiscalizar e recolher o ISS, que são funções do estado e não das empresas. Os vetos do Executivo a dois artigos da referida Lei beneficiaram a sociedade em geral, evitando maior complexidade e burocracia, que impactariam o dia a dia das empresas, podendo levar até a um aumento do preço final dos serviços para os clientes ”, explica Camargo.

30 anos de avanços e desafios

Em 2016, a ABES completou 30 anos de existência e a marca de mais de duas mil empresas participantes, entre associadas e conveniadas, distribuídas em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal, responsáveis pela geração de mais de 120 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de US$ 20 bilhões por ano.
Ao longo de sua trajetória, a associação vem se destacando pela participação ativa na promulgação das principais leis do setor de software brasileiro e de tributos, nas iniciativas para aumento da ética e formalização empresarial, contra o uso de software pirata e na expansão das linhas de fomento à inovação, a partir de diversas ações em parceria com o BNDES e seus agentes regionais.

Atenta às modificações no setor de TI, com o advento das tecnologias disruptivas, do ecossistema de startups e dos novos modelos de negócios, a associação tem renovado sua atuação com foco na integração e apoio aos associados, incluindo a criação de novos comitês temáticos, entre eles os que abordam Software como Serviço (SaaS) e Internet das Coisas (IoT).