*Por Antonio Brito
Há 10 anos, quem poderia imaginar que pequenos sensores tornariam uma grande ideia como as cidades inteligentes ainda maior?
O conceito de cidades inteligentes já existe há uma década e sempre esteve relacionado a serviços mais eficientes e acessíveis e melhores entregas dos governos, que estão mais próximos à vida cotidiana dos eleitores. No entanto, ao longo do tempo, tem sofrido modificações consideráveis com o surgimento de tecnologias importantes como a internet das coisas (IoT).
O primeiro dispositivo de IoT foi uma torradeira conectada. Mas a ideia de sensores conectados em utensílios do cotidiano, que coletam e transmitem dados sobre o status e a operação se tornou uma ferramenta de negócios poderosa com 8,4 milhões de equipamentos online em uso no mundo, em 2017, de acordo com o Gartner. Esses números evidenciam o potencial para uma nova geração de sistemas de TI que podem desenvolver ainda mais, e de forma mais rápida, as cidades inteligentes para além do que alguns de seus criadores talvez tenham imaginado.
Sistemas de IoT são versáteis e confiáveis o suficiente para suportarem planejamentos públicos. Com sensores atrelados à maioria dos veículos e dispositivos de uma cidade, o IoT consegue otimizar o gerenciamento de ativos, entregando mais confiança por um custo menor considerável. A tecnologia consegue prever possíveis colaborações entre departamentos e divisões, ou governos regionais com seus parceiros do setor privado.
Outro ponto importante é a utilização de sistemas de Business Intelligence (BI), que podem produzir dados inestimáveis para uma matriz – desde gerenciar estacionamentos até a prevenção de crimes; de serviços de emergência até manutenção de instalações. Além disso, consegue dar suporte a um sistema de planejamento de recursos corporativos moderno, baseado em nuvem para quebrar silos em uma organização grande e complexa.
E se as possibilidades de hoje são animadoras, as do futuro são ainda mais. Com múltiplas tecnologias emergentes sendo desenvolvidas em paralelo e em um ritmo exponencial, as cidades do futuro precisarão que as centrais de TI consigam manter diversos sistemas sincronizados, enquanto permitem que novas e sofisticadas oportunidades aflorem.
Softwares e dispositivos em constante evolução criaram novas e grandes oportunidades para os governos alavancarem a inteligência comercial. Com sensores reunindo informações, sistemas corporativos para planejamento de recursos processando esses dados e sistemas de BI para interpretá-los, as cidades inteligentes de amanhã serão capazes de tomar decisões melhores e mais rápido, entregando serviços necessários aos cidadãos com um custo baixo.
A TI por trás das cidades inteligentes também será uma facilitadora essencial para as novas tecnologias que estão no radar de todo mundo, como os automóveis conectados e autônomos. Os benefícios começam com um trajeto muito mais seguro e confiável, do ponto A ao ponto B. Continua com os ganhos potenciais que alguns planejadores urbanos atribuem aos carros sem motoristas – como congestionamento reduzido em estradas ou o fim da disputa diária para estacionar nos centros das cidades – e o IoT emerge como peça chave do quebra-cabeça que mantém todos as outras no lugar.
Cidades inteligentes precisam de parceiros inteligentes
Aqueles que se perguntam como governos regionais podem fazer o salto para os sistemas do futuro não estão sozinhos. O último
Infrastructure Report Card, publicado pela Associação Americana de Engenheiros Civis, classificou os ativos físicos do país com uma nota D+, o que pode explicar porque apenas 6% das cidades mais populosas tiveram meios para incluir tecnologias do futuro em seus planos de longo prazo,
de acordo com a Liga Nacional de Cidades.
O maior desafio de todos é chegar daqui até o momento futuro. As cidades não têm tempo a perder e precisarão otimizar cada real ao máximo para realizar essa transição. Parcerias com fornecedores de TI inteligentes e responsáveis serão fundamentais para que o planejamento das cidades tenha sucesso.
É o momento de as comunidades colocarem IoT no centro da jornada e alinhar o suporte e as parcerias de que precisarão para ter o trabalho feito.
* Por Antonio Brito, Sr Principal, Digital & Value Engineering, Infor LATAM
Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software