10/08/2017
Chamada ficará aberta até 25 /09 e serão investidos R$ 9,7 milhões
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e anunciou nesta quinta-feira (10) um edital de R$ 9,7 milhões para selecionar 50 projetos de empresas nascentes de base tecnológica, com aceleração em 2017 e 2018. Cada startup deve receber até R$ 200 mil em bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A chamada pública recém-lançada fica aberta até 25 de setembro. Os recursos são do orçamento do MCTIC.
"Estamos entrando no terceiro ciclo de um programa que tem sido muito bem sucedido. E agora, nessa nova fase, com a experiência acumulada nas anteriores, com certeza o Brasil vai colher mais resultados, a exemplo da geração de empregos e riquezas. Aqui, com a seleção desses projetos, teremos a oportunidade de constatar mais uma vez a vocação brasileira para a inovação", disse Kassab. "Esse governo tem plena consciência de que, para superar as dificuldades que vivemos, é necessário investir no futuro. E investir no futuro é investir em inovação. Os recursos parecem modestos, mas são muito significativos, muito expressivos dentro da atual conjuntura".
Para o secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, o ecossistema apoiado pelo programa tem capacidade de realizar um movimento anticíclico perante a crise. "Enquanto diversas empresas enfrentam dificuldades, as startups têm crescido e competido nos mais variados setores. Elas criam negócios digitais e novos modos de produzir e se relacionar economicamente", apontou. "O setor avança rapidamente, e hoje o país já tem mais de 4,5 mil startups, 300 incubadoras, 25 programas e 40 aceleradoras."
Criado pelo MCTIC em novembro de 2012, o Start-Up Brasil agrega um conjunto de atores em favor de iniciativas empresariais de base tecnológica. O programa tem como objetivo apoiar soluções inovadoras em software, hardware e serviços de tecnologia da informação (TI). "Ele também ajuda a desenvolver um ecossistema de empreendedorismo digital. Antes do lançamento, tínhamos mapeadas três aceleradoras. Hoje, o país possui mais de 40", comparou Martinhão. "Ainda há muito a ser feito a fim de melhorar o ambiente regulatório, para reduzir barreiras à ampliação do investimento."
Segundo Martinhão, existe um esforço para conjugar iniciativas do governo federal em apoio a empresas nascentes de base tecnológica. "Acreditamos que haja espaço para todos os programas que operam hoje no ecossistema de startups. E mais do que isso: é importante a articulação entre eles", defendeu o secretário, ao relacionar medidas complementares do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"O MDIC possui um programa que cuida da etapa inicial das startups, ainda no momento das ideias. Isso está articulado ao Start-Up Brasil, responsável pela fase de aceleração. Em seguida, a Finep pode entrar na execução de planos de crescimento, etapa pós-aceleração. E já estamos conversando com o BNDES para induzir a internacionalização das nossas startups", delineou o secretário. "Temos feito esse diálogo com todos os responsáveis por esses programas para levar a uma atuação mais coordenada e assertiva."
Até o momento, a partir do aporte de R$ 34,7 milhões do MCTIC, o Start-Up Brasil alavancou aproximadamente R$ 103 milhões em investimentos privados e gerou mais de 1.200 empregos diretos. O programa já executou dois ciclos de aceleração, de 2013 a 2015, quando houve suporte a 183 startups, distribuídas por quatro turmas e oriundas de 17 estados e 13 países. O apoio contemplou projetos de pesquisa em TI ligados a diversos segmentos, como educação, saúde, agronegócio, biotecnologia, varejo e logística.