Documento reúne as diretrizes e metas para a digitalização da economia brasileira nos próximos anos
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, lançou nesta terça-feira (1º) a consulta pública da Estratégia Brasileira para a Transformação Digital, que reúne as diretrizes e metas para a digitalização da economia brasileira nos próximos anos. A proposta foi formulada por um Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado pelo MCTIC, e ficará sob consulta pública até 20 de setembro. A versão final será enviada como minuta de decreto à Presidência da República.
A Estratégia representa um "guarda-chuva" para diversas iniciativas do Governo Federal em torno da digitalização da economia e da sociedade. O objetivo é criar um ambiente habilitador para impactos transformadores na agricultura, comércio, finanças, indústria e serviços de transportes e logística, por meio do avanço da digitalização dos processos produtivos e da capacitação do país para a chamada 4ª Revolução Industrial.
A proposta é dividida em eixos temáticos: os habilitadores da transformação digital, e os da transformação digital em si. São cinco os eixos habilitadores da transformação digital: infraestrutura de redes e acesso à internet; pesquisa, desenvolvimento e inovação; confiança no ambiente digital; educação e capacitação profissional; e a dimensão internacional. Os eixos da transformação digital são: uma economia baseada em dados; um mundo de dispositivos conectados; novos modelos de negócio; e transformação digital da cidadania e de governo.
O texto-base destaca a tendência de as tecnologias digitais ocuparem cada vez mais espaço na vida cotidiana. "Elas estão em casa, no trabalho, nas escolas, nos meios de comunicação e nas relações sociais. Para que o Brasil possa tirar pleno proveito da revolução digital, colhendo todos os benefícios que a sociedade da informação e do conhecimento tem a oferecer, a economia nacional deve se transformar, com dinamismo, competitividade e inclusão, absorvendo a digitalização em seus processos, valores e conhecimento".
Segundo o documento, a economia do futuro será digital e deverá alcançar qualquer brasileiro. "Não é possível conceber uma economia moderna e dinâmica que não proporcione igualdade de oportunidades em todas as regiões do país".
A depender do dinamismo econômico e das forças produtivas, alguns países procuram ser líderes em setores específicos e promissores, como robótica, inteligência artificial, manufatura de alta precisão ou inovações financeiras digitais, enquanto outros gerenciam seus marcos regulatórios de forma que a economia possa extrair todo o potencial das tecnologias digitais. A busca de competitividade em negócios digitais, a digitalização de serviços públicos e as políticas para criar empregos qualificados e formar uma população com educação melhor e mais avançada estão entre as prioridades da estratégia.
O GTI coordenado pelo MCTIC identificou características nacionais para superar desafios e gargalos e avançar na digitalização da economia. "Embora o Brasil possua fortes e significativas vantagens competitivas em determinadas áreas, como o agronegócio, a diversidade cultural, uma economia grande e diversificada, com mercado consumidor atraente, quando comparado globalmente, percebe-se o país ainda tem desafios importantes a enfrentar", avalia o texto-base. Para aproveitar as potencialidades e superar os obstáculos rumo à digitalização, traçaram-se diagnósticos e visões de futuro.
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