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Mercado brasileiro de software e serviços cresce 26,7% em 2012

23/08/2013

Resultado da pesquisa da ABES com o IDC foi apresentado durante a conferência anual da entidade. Nessa edição do evento, a associação também reuniu palestrantes do MCTI, Finep e BNDES, além de empresários do setor para discutir as oportunidades e desafios para a inovação da TI no Brasil
 
 
A indústria brasileira de software e serviços superou as expectativas de crescimento em 2012, atingindo a marca de US$ 27,178 bilhões, contando as exportações, um aumento de 26,7% em relação a 2011, de acordo com estudo realizado pelo IDC (International Data Corporation), em parceria com a ABES.
 
O resultado da pesquisa foi apresentado durante a conferência anual da ABES, no dia 21 de agosto, no Hotel Ceaser Business, em São Paulo. O encontro reuniu profissionais de tecnologia, empresários, jornalistas, representantes do poder público e entidades setoriais para discutir as oportunidades e desafios em Inovação para a TI no Brasil.
 
Segundo a pesquisa, 86% das empresas de software, associadas à entidade, são de micros e pequenas. “A inovação é um ponto crucial para que esse mercado cresça e se desenvolva. Esse é um dos motivos pelo qual o foco desta edição da Conferência foi a discussão sobre as oportunidades e desafios para a inovação da TI no Brasil”, explica Jorge Sukarie, presidente da ABES.
 
Resultados do Mercado Brasileiro de Software
 
O mercado brasileiro de TI, que engloba software, serviços e hardware, teve um crescimento de 41,6% e se posicionou na 7ª posição no ranking internacional, na frente de países como Canadá, Austrália e Índia. Hoje, o mercado brasileiro de TI já representa 49,1% do que movimenta toda a América Latina, com US$ 60,2 bilhões. A região totaliza US$ 122 bilhões.
 
O país representa 3% do mercado mundial de TI e possui 72,6 milhões de computadores instalados, além de 52 milhões de usuários de internet, por meio de PCs e Notebooks.
 
De acordo com as tendências apontadas pela pesquisa, de 2013 a 2020, 90% do crescimento do mercado de TI será direcionado para tecnologias Mobile, Social Business, Big Data e Cloud Services. Em 2012, esses segmentos representaram apenas 22% dos investimentos em TI. Além disso, 80% dos esforços de competitividade serão focados no fomento às ofertas e capacitação das soluções para essas tecnologias.
 
Apesar de positivos, esses números dão hoje ao Brasil uma fatia de apenas 3% do mercado mundial de TI. A exportação de software e serviços de TI soma US$ 2,2 bilhões.
 
Segmentação do Mercado

Em 2012, o segmento de aplicativos representou 42,2% do mercado de software brasileiro, seguido dos sistemas para ambientes de desenvolvimento, com 31,1% de participação; sistemas para infraestrutura e segurança, com 23,8%, e software para exportação, 1,9%.
 
Entre os três principais consumidores de software no país, ficaram os setores de finanças, com 25% de participação; serviços e telecom, com 24,8%, e Indústria com 18,6%.
 
As tendências do IDC apontam que o crescimento do segmento de “devices” será maior que o crescimento de PCs até o final de 2013 e a explosão da mobilidade vai definir os investimentos em TI.
 
“O Brasil já é um país de 265 milhões de aparelhos celulares, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de junho deste ano. A grande demanda por esse “device”, principalmente, pelos smartphones pode ser uma boa oportunidade paras as empresas brasileiras desenvolvedoras de aplicativos para esses aparelhos”, comenta Sukarie.
 
Para apoiar o crescimento do mercado brasileiro de software e serviços, a ABES aponta alguns pontos que precisam ser melhorados no setor, com o apoio do governo: “O setor precisa obter uma ampla disponibilidade de recursos para Inovação e Fomento, modernização nas relações de trabalho, ampliação da formação de profissionais, além de uma solução para as questões tributárias. Também propomos que o governo trate o setor de TI como um segmento estratégico em todas as esferas e seja o maior comprador de tecnologia nacional e não o maior concorrente do setor”, finaliza o dirigente.