15/09/2013
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgilio Almeida, anunciaram no dia 12 de setembro o início da segunda etapa do programa Brasil Mais TI, em evento realizado no Sesc Consolação, em São Paulo.
A nova fase agregará alunos e professores dos institutos federais, favorecendo a transformação dessas instituições em polos de capacitação técnica em Tecnologia da Informação (TI). “É uma aproximação entre a política pública e a realidade das pessoas, produzindo conhecimento e conectando governo, setor privado, centros de excelência de ensino federais e estudantes”, disse Raupp.
Criado no âmbito do programa TI Maior, o Brasil Mais TI vem sendo executado desde 2012, em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). O objetivo é despertar o interesse vocacional pela área e qualificar mão de obra especializada em software e serviços.
O principal objeto do Brasil Mais TI é uma plataforma web de e-learning que oferece conteúdos gratuitos de formação em níveis técnico e tecnológico, integrados a ambientes interativos. São cursos à distância, que incluem apostilas, vídeos e tutoria online.
De acordo com o ministro, o programa se insere nos esforços que o governo federal tem feito para superar déficits educacionais e melhorar a formação de recursos humanos no país. “Ao despertar a vocação de jovens para a carreira de TI e prepará-los para o mercado de trabalho, o Brasil Mais TI está oferecendo recursos humanos qualificados para nossas empresas, especialmente as de pequeno porte, e ajudando a criar condições para que sejam descobertos novos talentos na área”.
Facebook e Twitter
Para potencializar a difusão de informações em rede e ampliar o número de interessados nos cursos, a plataforma foi estruturada em torno das mídias sociais, em particular Facebook e Twitter, de maneira a multiplicar o intercâmbio de conhecimento, a interação e os debates em torno dos temas relacionados ao setor.
“Desde o final de 2012, quando o portal do programa entrou no ar, mais de 100 mil alunos concluíram um dos cursos disponíveis e 20 mil cadastraram seus currículos em nosso banco de dados”, informou o secretário. “O número de acessos individuais partiu de 39 mil, em dezembro de 2012, para 280 mil, em agosto deste ano, o que indica o sucesso da primeira fase”.
Segundo Virgilio, na nova etapa houve uma modificação na política editorial de postagens no Twitter, que se transformou em uma espécie de banco de vagas e oportunidades na área de TI, com o intuito de promover a aproximação entre a oferta e a demanda por mão de obra especializada no setor. Já a fan page no Facebook, que conta com 70 mil seguidores, é um fórum de discussão sobre as novidades em tecnologia e análise das tendências do mercado.
“Nós verificamos que os acessos ao Twitter eram em busca de conteúdos mais objetivos, enquanto no Facebook havia mais interesse por conteúdos como notícias, informações e de mercado”, disse.
Também está previsto, para os próximos meses, o lançamento de uma série de ações para incentivar os jovens a ingressar em cursos de formação profissional em TI, como um aplicativo que permitirá fazer teste vocacional e vídeos que mostrarão o dia a dia dos profissionais do setor, destacando o potencial do mercado brasileiro, especialmente na área de software e serviços.
Institutos federais (IFs)
Estudantes dos 354 IFs que concluírem um dos cursos oferecidos pelo Brasil Mais TI poderão ter um diploma de conclusão de curso validado pelas unidades de ensino. O aluno fará uma prova e, se aprovado, ganhará o certificado de um instituto federal, o que aumentam as oportunidades de ingressar no mercado de trabalho.
Os institutos federais também ajudarão a definir formas de integração do programa com demais políticas públicas, como explicou o diretor de Políticas de Tecnologia, Informação e Comunicação do MCTI, Rafael Moreira: “A parceria com o MEC [Ministério da Educação] pretende apresentar o Mais TI como uma oportunidade de inclusão a grupos como dependentes químicos, deficientes e egressos do sistema penitenciário”.