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Incubadoras geram mais de 53 mil empregos diretos no Brasil

01/08/2016
 

Estudo foi realizado pela Anprotec, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas
 
O segmento de incubadoras de empresas no Brasil gera 53.280 empregos diretos e qualificados. Segundo o “Estudo de Impacto Econômico Segmento de Incubadoras de Empresas do Brasil”, da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o faturamento das empresas apoiadas por incubadoras ultrapassa os R$ 15 bilhões. Em tempos de crise econômica, em que o desemprego atinge 11 milhões de brasileiros, empresas geradas em ambientes de inovação se mostram uma ferramenta essencial para ajudar o país a reverter esse quadro.
 
O estudo, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta ainda que empresas incubadas ou que passaram pelo processo de incubação, chamadas graduadas, geram, indiretamente, 373.847 empregos, uma renda de mais de R$ 13 bilhões e R$ 24 bilhões em produção.
 
De acordo com o levantamento, o aporte de capital e a participação em programas de incubação podem alterar, de forma positiva, o tempo de maturação de um negócio e sua curva de crescimento, incentivando o desenvolvimento de novos negócios, que se transformarão em empresas de crescimento acelerado.  “As incubadoras do Brasil têm buscado se desenvolver para atender melhor as empresas de potencial tecnológico. Também é nosso desafio integrar novos mecanismos e ambientes, como co-working e aceleradoras, para abrir oportunidades para o desenvolvimento de empresas de alto impacto”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
 
Perfil das empresas
 
Empreendimentos apoiados por incubadoras possuem características diferenciadas, tais como uso de tecnologias em seus negócios, desenvolvimento de inovações, escalabilidade e potencial para receber aporte de capital. Para o presidente da Anprotec, Jorge Audy, o estudo confirma o potencial que os ecossistemas de inovação e os mecanismos de geração de empreendimentos possuem para contribuir com o desenvolvimento do país no contexto da Sociedade do Conhecimento. “Se o governo e a sociedade, de forma alinhada com as universidades e as empresas, entenderem o papel da inovação e do empreendedorismo no crescimento econômico e social, poderemos construir um novo país, mais moderno e com mais qualidade de vida”, destaca.
 
Ele explica que uma nova estratégia de desenvolvimento, utilizando ecossistemas de inovação, como parques tecnológicos e cidades inteligentes, e mecanismos de geração de empreendimentos, como as incubadoras e aceleradoras de empresas, permitirá o avanço para uma sociedade e uma economia do século XXI.
 
Desenvolvimento local
 
Entre os destaques do estudo está o papel do segmento de incubadoras da empresa no desenvolvimento local sustentável. Ao apoiarem a criação de empreendimentos inovadores, essas instituições contribuem de forma efetiva para a geração de emprego e renda nos mercados onde estão inseridas.
 
Exemplo de incubadoras que desafiam a crise e seguem gerando empresas de sucesso estão espalhados por todo o país. Em Florianópolis (SC), o Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), associado à Anprotec, emprega diretamente 800 pessoas. Outros 45 mil empregos são gerados pelas 28 empresas incubadas e 93 graduadas pela incubadora.
 
Nos últimos dois anos, em meio à crise econômica, o Celta graduou cerca de 15 empresas, que ingressaram no mercado com faturamento próximo a R$ 1 bilhão “É preciso ter cuidado com a crise, principalmente empresas que empreendem em áreas em baixa neste momento, como, por exemplo, o setor de petróleo e gás. Ainda assim, elas têm grandes chances. A crise existe para quem não inova. Quem inova desvia dela e consegue crescer ainda mais nesse período”, avalia o diretor do Celta, Tony Chierighini.
 
Em Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas Gerais, existe outro caso de impulso à economia local a partir do empreendedorismo inovador. Fundado em 1965, o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), tem incubadora em sua estrutura desde o início de suas atividades. Hoje, essa incubadora contabiliza sete empresas incubadas e 55 graduadas. Juntas elas faturam R$ 250 milhões por ano e geram 1,5 mil empregos, entre diretos e indiretos.
 
Segundo o coordenador-geral do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação da Incubadora de Empresas do Inatel, Rogério Abranches da Silva, “no Brasil, é fato que o projeto de incubadoras deu certo. O resultado de se apoiar empresas nascentes e inovadoras vem muito rápido. Nesse momento de crise, ter resultados rápidos é muito importante ”, conclui.
 
Confira aqui a íntegra do estudo.