Fábio Rua, Diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da IBM América Latina e diretor da ABES, foi um dos participantes do
webinar “Novos Tempos: Panorama e Perspectivas”, que a ABES promoveu no dia 25/03. Ele compartilhou com os participantes uma análise do que tem sido o home office na IBM, que tem mais de 300 mil funcionários no mundo.
“Essa crise nos ensina a sair da zona de conforto. A gente não sabe exatamente o que está acontecendo, mesmo com as projeções dos modelos matemáticos. Na IBM, por mais que os processos sejam estruturados, existe uma série de ações e decisões que estão sendo tomadas frente aos acontecimentos. Tem sido impressionante ver como as pessoas conseguem flexibilizar suas agendas para atender reuniões emergenciais, usando de sua inteligência emocional e se ajudando. Hoje, a IBM tem, basicamente, 90% de sua população global trabalhando em casa. Nossa liderança é extremamente presente participativa. A comunicação nesse momento é fundamental”, relatou o executivo.
Sobre o papel das empresas, Fabio disse que existe uma inquietação na IBM e em outras empresas de definir como vão contribuir, a partir da sinalização por parte do governo dos itens que são mais necessários, como respiradores, monitores, fundos emergenciais etc. Ele destacou ainda o apoio dado pela empresa com os supercomputadores às universidades e institutos de pesquisa, para que o processamento de informações seja feito de maneira rápida, ajudando a identificar tratamentos para coronavírus, organizando e relacionando os dados científicos.
Setores que crescem mesmo com a crise
O webinar contou também com a participação de Luiz Alberto Ferla, Presidente e CEO da empresa Dot Digital Group. Ele contou que a empresa está trabalhando 100% em home office, seja na sede em Florianópolis, como também nos escritórios de São Paulo, Brasília e Portugal. “Isso mostra que o trabalho pode continuar dessa forma e o mundo está aprendendo que é possível fazer isso. Estamos 100% online, 100% engajados, cuidando da saúde dos nossos colaboradores para que eles cuidem de suas famílias, sem esquecer de atender os nossos clientes. Ou seja, as pessoas estão cada vez mais aprendendo a trabalhar de forma remota e pode ser que mais pessoas queiram continuar neste modelo com o final desta crise”, explicou.
A Dot é uma empresa de tecnologia e educação e, segundo Ferla, o Brasil e o mundo acordaram mais ainda para a educação online, que oferece uma gama de possibilidades. “Este segmento cresceu mais de 20% na China nos últimos meses. Os cursos ajudam a manter o time produtivo e engajado durante a crise. As pessoas podem se preparar para a retomada da economia após a pandemia. As ferramentas educacionais são dotadas de muito aparato tecnológico, como inteligência artificial e reconhecimento facial, que ajudam a mapear a presença do aluno, ajudá-lo no seu caminho de auto-aprendizagem”, completa.
De acordo com um levamento realizado pela equipe de inteligência da Dot, várias atividades na China apresentaram crescimento durante ou logo após a crise: vendas online de mercadorias, entretenimento digital, publicidade on-line, streaming, educação on-line, negócio de distribuição expressa por envios postais, serviços de telecomunicação, teletrabalho, seguros, equipamentos de saúde e todo o setor de tecnologia e software.
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