28/06/2017
Werter Padilha, Carlos Sacco e Jomar Silva
Associados e especialistas discutiram as oportunidades e desafios
A ABES convidou os associados para a reunião do Comitê de IoT, realizada no dia 27 de junho, em São Paulo, com o objetivo de estimular a sinergia entre as empresas e debater os diversos aspectos e os impactos do Plano Nacional de Iot, cuja elaboração está em andamento. “Este é o momento de unirmos nossas competências”, disse o CEO da Taggen Soluções em IoT e da Sawluz Informática, Werter Padilha, coordenador do Comitê de Iot da ABES e integrante do Conselho Consultivo do Plano Nacional de IoT, na abertura da reunião. O executivo considera que o plano oferece uma agenda positiva para os empresários do setor de TI, com definição de prioridades, estratégias e objetivos de longo prazo.
Jomar Silva: "O hardware é apenas a ponta do iceberg"
Com o tema “Do dispositivo à nuvem de forma inteligente”, Jomar Silva, developer evangelist da Intel, reforçou a importância do software e dos desenvolvedores: “O hardware é apenas a ponta do iceberg. A grande oportunidade de IoT para o Brasil é o software. Temos que buscar soluções para os problemas brasileiros aqui”, afirmou, citando dados que dão conta que até 2019 serão 4,5 milhões de pessoas trabalhando com desenvolvimento de software. Silva abordou ainda os principais desafios para as empresas, que envolvem a segurança da informação, interoperabilidade entre os equipamentos, a implementação de análise de dados avançada, a escalabilidade das soluções, a gestão de custos, entre outros aspectos relevantes. "No futuro teremos um mundo autônomo, definido por software, a partir dos recursos de computação disponibilizados nos data centers, de comunicação bidirecional entre as coisas", explicou.
O especialista também reforçou a importância de soluções desenvolvidas em parceria por empresas de todos os portes e competências. “Ninguém vai ter uma solução de IoT inteira. Dessa forma, posso usar como exemplo a Intel, que tem a aceleradora de startups.
Acesse aqui a apresentação.
Política pública para IoT
Já Weter Padilha detalhou as fases já realizadas do Estudo “Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil”, um projeto do BNDES com a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), além de ressaltar a importância dos empresários analisarem os documentos da disponibilizados para consulta pelo consórcio que gerencia o projeto.
Werter: Plano segue mesmo com mudanças no Governo
Composto por várias etapas, o estudo inclui três fases: diagnóstico e aspiração do Brasil em IoT; definição dos setores prioritários da economia brasileira para receber investimentos necessários para o desenvolvimento de IoT; e formulação de ações voltadas para acelerar a implantação do mercado de IoT no país. Padilha explicou ainda sobre os critérios de seleção dos 12 países/regiões que compõem o benchmark: a posição de destaque de IoT na localidade, o papel desempenhado pelo Estado e se apresentam desafios similares ao Brasil. "Após uma consulta pública conduzida, já se estabeleceu que a implantação de internet das coisas no Brasil visa promover o desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira, aumentar a competitividade da economia e melhorar a qualidade de vida da população", ressaltou. As apresentações e relatórios do BNDES podem ser
acessados aqui.
“Também teremos uma quarta fase, que é levar ao congresso todos os documentos do estudo para avaliação a fim de que tenhamos um Plano Nacional de IoT que integre todos os anseios da sociedade”, disse o coordenador, ressaltando a seriedade na condução dos trabalhos: “Este é um dos poucos projetos governamentais que tem um cronograma, que vem sendo cumprido mesmo com as mudanças ocorridas no governo”.
Veja a apresentação do Werter Padilha
aqui.