28/05/2020
O Governo do Estado de São Paulo, por meio do Governador João Doria, apresentou na quarta-feira (27/05) o
Plano São Paulo para reabertura de setores da economia durante a quarentena de enfrentamento ao novo coronavírus. A partir de 1º de junho, índices de ocupação hospitalar e de evolução de casos em 17 regiões do estado vão definir cinco níveis restritivos de retomada produtiva, segundo critérios médicos e epidemiológicos para que o sistema de saúde continue em pleno funcionamento.
O plano foi elaborado por autoridades estaduais em sintonia com especialistas do Centro de Contingência do Coronavírus e do Comitê Econômico Extraordinário que atuam voluntariamente em apoio ao Estado. Os eixos principais das cinco fases de reabertura também foram discutidos com prefeitos e representantes de diversas associações comerciais e empresariais.
A ABES participou da elaboração dos protocolos para o setor de TIC, que incluem as empresas de telecom, assistências técnicas e telesserviços. "Tenho enfatizado que a ABES dialoga com o poder público para contribuir com a
construção de um Brasil Mais Saudável, Mais Digital e Menos Desigual, apresentando sugestões de medidas que ajudem a mitigar os impactos que toda a economia e a sociedade brasileira estão enfrentando, principalmente no que se refere à liquidez do setor privado e a manutenção dos empregos. Agradecemos ao Governo de São Paulo pela oportunidade de participar deste processo", avalia Rodolfo Fücher, presidente da associação.
Os protocolos consistem em recomendações para orientar a retomada das atividades por parte dos setores econômicos mais afetados pela pandemia. As orientações foram revisadas pela Vigilância Sanitária e são classificadas em diretrizes de: distanciamento social, comunicação, higiene pessoal, limpeza e higienização do ambiente.
Sobre o Plano SP de retomada consciente
As normas do Estado autorizam prefeitos de cidades a conduzir e fiscalizar a flexibilização de setores segundo as características dos cenários locais. Os pré-requisitos para a retomada são adesão aos protocolos estaduais de testagem e apresentação de fundamentação científica para liberação das atividades autorizadas no Plano São Paulo.
As cinco fases do programa vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O objetivo da classificação é assegurar atendimento de saúde à população e garantir que a disseminação do coronavírus em níveis seguros para modular as ações de isolamento.
A escala será aplicada a 17 regiões distintas do território paulista, de acordo com a abrangência dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde), que são subordinados à Secretaria de Estado da Saúde. São os DRSs que determinam a capacidade de atendimento, transferências de pacientes e remanejamento de vagas de enfermaria e UTIs nos municípios.
Com exceção da capital, todos os municípios da Grande São Paulo e também da Baixada Santista e de Registro permanecem na fase vermelha e não terão nenhum tipo de mudança na quarentena em vigor desde o dia 24 de março. Nas três regiões, o sistema de saúde está pressionado por altas taxas de ocupação de UTI e avanço de casos confirmados de pacientes com coronavírus.