24/06/2014
Dados são da 16ª edição da pesquisa divulgada pela FGV-EAESP
O Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (GVcia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) divulgou 16ª Pesquisa de Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro.
Coordenado pelo professor Alberto Luiz Albertin, da FGV-EAESP, o realizado desde 1998, contou com a participação de 528 empresas de vários setores econômicos, ramos de atividades e portes. As organizações, tanto nacionais como multinacionais, operam no mercado brasileiro e atuam em diversos níveis no ambiente digital.
Entre os resultados obtidos, destacam-se:
Mercado consolidado: as empresas vêm tendo sucesso e investindo de forma significativa e crescente neste novo ambiente. O Comércio eletrônico no Brasil está totalmente consolidado e é parte importante do mercado. O crescimento em relação ao ano passado foi observado tanto nas transações negócio-a-negócio (+3,31%) como nas transações negócio-a-consumidor (+8,23%).
Principais usos e contribuições do comércio eletrônico nas empresas: As empresas avaliam que as principais contribuições de comércio eletrônico (CE) estão relacionadas com a melhoria das novas oportunidades de negócio, sua utilização como estratégias competitivas mais efetivas e aprimoramento do relacionamento com os clientes. A adequação organizacional e tecnológica apresentou crescimento significativo: 96% das empresas de CE usam a web para alguma parte ou tipo de relacionamento com cliente.
Investimentos: A média de gastos e investimentos de comércio eletrônico cresceram 127% nos últimos 10 anos. “As empresas estão utilizando cada vez mais a infraestrutura de Internet e das aplicações de comércio eletrônico como meio para a realização de seus processos de negócio, com clara predominância daqueles relativos ao atendimento a cliente”, explica Albertin. As empresas pesquisadas apontaram crescimentos nos seus níveis de gastos e investimentos maiores que nos últimos anos, atingindo a média geral de 2,04% do faturamento líquido das empresas, de 0,62% no setor indústria, 2,01% no de Comércio e 2,97% no de Serviços. Notou-se o maior crescimento deste índice para o setor de Comércio, acompanhado de perto pelo setor de Serviços.
Valores: As transações de negócio-a-negócio representam 71,88% do valor do mercado total, e 42,36% para negócio-a-consumidor. “Os índices confirmam a evolução do comércio eletrônico e que a tendência é de crescimento, agora mais efetivo e buscando retornos dos investimentos realizados”, afirma o professor.
Atendimento ao cliente: As empresas continuam utilizando as aplicações de comércio eletrônico principalmente nos processos de atendimento a cliente referentes a recebimento de pedidos, suporte a utilização e divulgação de informações. Em relação aos processos de cadeia de suprimentos, a maior utilização é para solicitação de suprimentos e envio de pagamento.
Principal finalidade do comércio eletrônico para empresas: Pelo oitavo ano consecutivo o aspecto de privacidade e segurança foi superado pelo aspecto de relacionamento com clientes como o aspecto mais importante para as empresas. Nas últimas três edições da pesquisa, o aspecto também foi superado pelo alinhamento estratégico e adoção de clientes.
Serviços: O setor de serviços apresenta um índice de gastos e investimentos em TI e CE, em relação à receita líquida, maior do que os demais setores. Essa situação é explicada pela participação dos bancos neste setor.
Indústria: O setor de indústria foi o que apresentou o maior crescimento na utilização do CE no seu relacionamento com fornecedores, sendo que esta situação é bastante influenciada pelo aumento da utilização de aplicações de CE nos processos relativos à cadeia de suprimentos.
Comércio: O setor de comércio apresentou um índice maior em relação à proporção dos gastos e investimentos em TI e CE. Esta situação é adequada em relação às características deste setor e dos produtos e serviços por ele transacionados.
Cadeia de suprimentos: Os processos de cadeia de suprimentos são os que apresentam crescimentos maiores, de forma coerente com a atenção que as empresas deram aos processos de e-procurement e logística, principalmente para materiais indiretos. Nestes processos, destaca-se o subprocesso de solicitação de suprimentos.
Tabela com a evolução do comércio eletrônico nos últimos 5 e 10 anos
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Evolução |
Variação |
Índices |
2004 |
2009 |
2013 |
5 anos |
10 anos |
Nível de CE |
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Negócio-a-Negócio |
9,92% |
63,21% |
71,88% |
13,7% |
625%
|
Negócio-a-Consumidor |
4,22% |
29,32% |
42,36% |
44,5% |
904% |
Média de Gastos e Investimentos de CE |
0,90% |
1,41% |
2,04% |
44,7% |
127% |
Relacionamento |
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|
Nível de Integração Automática Alto |
25% |
42,24% |
58,45% |
38,4% |
135% |
Relacionamento com Fornecedores |
63,40% |
72,15% |
76,43% |
5,9% |
21% |
Relacionamento com Clientes |
74,20% |
80,01% |
86,53% |
8,1% |
17% |
Utilização de CRM |
42,67% |
54,98% |
59,45% |
8,1% |
39% |
Utilização de SCM |
27,64% |
43,45% |
52,20% |
20,1% |
89% |
Aplicações |
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|
Utilização de Cartão de Crédito |
37% |
55% |
71% |
29,6% |
92% |
Utilização de Catalógo Eletrônico |
50% |
61% |
78% |
27,6% |
56% |
Utilização de Formulário Eletrônico |
35% |
58% |
72% |
23,7% |
106% |
Processos |
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|
Desenvolvimento de Produto/Serviço |
49% |
52% |
59% |
13,5% |
20% |
Desenvolvimento de Fornecedores |
15,01% |
36,89% |
46,98% |
27,4% |
213% |
Projeto e Desenvolvimento |
9,15% |
21,01% |
30,23% |
43,9% |
230% |
Cadeia de Suprimentos |
60% |
68% |
77% |
13,2% |
28% |
Solicitação de Suprimentos |
19,32% |
42,51% |
60,08% |
41,3% |
211% |
Envio de Pagamentos |
17,88% |
30,12% |
42,43% |
40,9% |
137% |
Manufatura |
35% |
38% |
43% |
13,2% |
23% |
Logística Interna/Estoque de Matéria Prima |
4,33% |
14,34% |
19,99% |
39,4% |
362% |
Logística Externa/Estoque de Produto Acabado |
4,01% |
9,78% |
13,34% |
36,4% |
233% |
Atendimento a Cliente |
92% |
93% |
96% |
3,2% |
4% |
Recebimento de Pedidos |
33,10% |
66,78% |
74,11% |
11,0% |
124% |
Suporte a Utilização de Produtos Serviços |
26,12% |
43,55% |
56,78% |
30,4% |
117% |
Divulgação de informação sobre produtos/serviços |
19,98% |
48,87% |
72,26% |
47,9% |
262% |