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Gartner Inc., referência mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, alerta que o sucesso dos negócios digitais está sendo cada vez mais impulsionado por estratégias de Data & Analytics capazes de aumentar as ambições corporativas. Como resultado, os líderes da área de dados e análises e suas equipes, agora, têm uma grande oportunidade de fornecer valor transformacional às empresas.
As tendências foram apresentadas na
Conferência Gartner Data & Analytics 2019, em São Paulo, nos dias 29 e 30 de maio, e da qual a ABES foi uma das apoiadoras institucionais. Um grupo de executivos da empresa se reuniu com jornalistas para conversar sobre as principais tendências para o segmento.
Peter Krensky, Senior Principal Analyst do Gartner, disse que, embora praticamente todas as organizações estejam colocando os dados no centro de sua estratégia digital, ter um propósito claro é a chave para entregar valor à organização. "Se você é o diretor ou o gerente de dados de sua organização, você precisa ter clareza sobre o seu objetivo", afirma Krensky. "Sempre haverá ambiguidade nos dados e na análise, mas é por isso que é tão importante que os líderes tornem seus princípios e objetivos mais claros, a fim de promover a colaboração e a criatividade".
Para alcançar este cenário, o Gartner identificou três princípios de liderança que os gestores das iniciativas de Data & Analytics devem dominar para destacarem seus projetos neste mundo cada vez mais complexo e competitivo.
Adote uma mentalidade experimental
“Com muita frequência, as organizações apenas medem o que é fácil, em vez de coletar novos dados para criar métricas mais significativas. Descobrir novos indicadores, usando dados alternativos, pode reforçar o desempenho. No entanto, dados e métricas válidos exigem experimentação”, diz
Donald Feinberg, Distinguished Vice President Analyst do Gartner. Entretanto, o executivo reconhece que este processo representa uma lenta transição e aposta na dobradinha “pessoas e tecnologias” para o sucesso das organizações.
Ao adotar uma mentalidade experimental, os líderes de dados e análises podem:
- Desafiar constantemente as decisões tomadas pela organização com base em dados;
- Antecipar as consequências não intencionais das métricas;
- Experimentar novos dados, novas medidas e novos modelos analíticos.
"Adotar uma mentalidade experimental não será fácil, mas é o melhor caminho para fornecer uma organização orientada por dados e evitar a criação de uma tirania de métricas", diz Feinberg.
Seja o guia e o guardião dos dados de seus clientes
O Gartner avalia que a privacidade como conhecíamos antes é algo que já não existe mais. Com a Inteligência Artificial (IA), a Internet das coisas (IoT) e a grande mudança provocada pela digitalização dos negócios, é virtualmente impossível garantir a privacidade, apesar deste ser um desafio a ser enfrentado. O papel dos líderes de Data & Analytics é atuar como administradores das informações, garantindo sua relevância e segurança como o guia e o guardião dos dados.
"Como guias e guardiões dos dados de nossos clientes, podemos garantir que nossos usuários tenham todas as informações que precisam, mas apenas sobre aquilo que precisam. É preciso proteger a privacidade, indo além do que é legalmente obrigatório, para respeitar as expectativas dos clientes de quem pode ter acesso a seus dados e das diferentes finalidades possíveis para o uso dessas informações”, diz
Rita Sallam, Distinguished Vice President Analyst do Gartner.
“Ao equilibrar a transparência com a integridade, as organizações podem usar os dados para fomentar a criação de insights que orientem as decisões e que farão com que os clientes e os cidadãos se sintam contentes por oferecer os dados que serão usados em seu benefício. Nas organizações, cresce a importância da governança dos dados como diferencial competitivo”.
Automatize o manual e promova o criativo
Nenhuma empresa ou governo irá prosperar ou sobreviver sem fortes investimentos em Inteligência Artificial, aponta o Gartner. No entanto, os líderes de Data & Analytics devem adotar um princípio para concentrar as tecnologias de Inteligência Artificial para automatizar as tarefas manuais e, com isso, permitir que grandes quantidades de recursos possam se concentrar em um trabalho mais criativo.
“Novos projetos de Inteligência Artificial não devem fomentar relacionamentos contraditórios entre homem e máquina. Eles devem ser projetados para integrar pessoas e máquinas e criar uma dinâmica que amplifique seus pontos fortes e compense suas fraquezas”, afirma
João Tapadinhas, Vice Presidente Analyst do Gartner. “Este é o princípio para projetar, implementar e expandir projetos de IA que os líderes de Data & Analytics devem seguir”.
Para o executivo, a inteligência artificial está complementando os trabalhos das pessoas e não tomando empregos, contribuindo para compilar informações, agilizar análises e decisões. Os resultados serão melhores e acreditamos na criação de empregos, promovendo uma nova revolução baseada em inteligência artificial no século XXI”, conclui.