09/11/2015
Quais são os passos que devem ser dados e as novas atitudes a serem adotadas?
O Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, afirma que os algoritmos aceleram o valor da economia digital, também chamada pelos analistas do Gartner como ‘economia das conexões’. De acordo com o Gartner, para os CIOs aumentarem sua influência, eles precisam se concentrar no poder, na escala e na dinâmica das empresas digitais baseadas nas conexões entre pessoas e equipamentos, interconexões e relacionamentos, e no valor dos algoritmos.
“O termo valor pode ter muitos significados. Pode se referir ao conhecimento e às ideias obtidas, ou ao relacionamento de confiança que você constrói. No final, valor é o que conquistamos para os clientes e cidadãos. Quanto maior a consistência das conexões, maior será o valor potencial colhido”, afirma David Willis, Vice-Presidente e Analista Distinto do Gartner.
Os CIOs podem criar essa consistência por meio de três passos: dar, receber e multiplicar:
- Dar - Acesso a tudo o que é mais valioso compartilhado do que restrito;
- Receber - Benefícios de todos os demais recursos existentes, e explorar o poder dos vários tipos de redes de computação e informação;
- Multiplicar – Permitir que conexões interajam diretamente umas com as outras.
“Todas as pessoas, negócios e coisas têm um valor a oferecer. O valor é somente de fato obtido quando eles começam a interagir uns com os outros. A meta é a multiplicação dessas conexões. Elas devem ser facilitadas e encorajadas por você, e não controladas por você. Isso se consegue com a criação de um tecido firme, uma trama de conexões”, diz David Willis, Vice-Presidente e Analista Distinto do Gartner.
Remova os obstáculos - Para cumprir a promessa da economia das conexões, os CIOs devem vencer três obstáculos: Tendência a Controlar; Inércia; Falta de Confiança. “O principal é a mentalidade. O controle é trocado por influência. A inércia é removida por meio da diversificação, e a desconfiança deve ser transformada em confiança dentro da área de TI, da empresa e em outros lugares”, diz Betsy Burton, Vice-Presidente e Analista Distinta do Gartner.
Mude do controle para a influência - Para realmente obter resultados, os CIOs devem evoluir. “O CIO que age como um aliado confiável é um líder de informação e tecnologia em toda a empresa. Ele tem a capacidade de decidir se a propriedade tecnológica será usada dentro ou fora do departamento de TI”, afirma a analista Betsy Burton. Para ela, uma característica que destaca os CIOs de outros executivos é o seu ‘pensamento intuitivo’. Esses profissionais resolvem melhor os problemas complexos de forma criativa. Com a chegada da economia algorítmica, são criadas oportunidades para desenvolver as habilidades, capacidades e ideias do CIO, a fim de ampliar o círculo de influência do executivo.
Mude da inércia para a diversificação - Ao mesmo tempo em que os CIOs seguem um caminho que os leva à criação de uma influência maior e mais valiosa, eles também precisam diversificar. As empresas de TI devem superar a inércia que construíram com o passar dos anos. Esta nova atitude demanda também superar alguns mitos de gestão:
O fatalismo dos sistemas antigos - A crença de que não podemos abandonar os sistemas implantados anteriormente. Essas aplicações e infraestruturas já deveriam ter sido eliminadas há muito tempo, ou nunca a empresa terá um retorno. É fundamental analisar bem os pequenos projetos, as deficiências técnicas e os insucessos históricos que poderiam prejudicar o departamento. Elimine estes sistemas.
O poder das alternativas - Você acredita que a construção, a posse e a coordenação realizadas por você levarão a melhores resultados. Mas a verdade é que, se alguém pode fazer melhor, deixe-o fazer. Os desenvolvedores independentes, que não estão sob o controle do CIO, por exemplo, são o futuro do desenvolvimento de software. Encontre-os e una-se a eles.
Confie e verifique - A confiança é uma emoção. “É a crença que as pessoas têm em seu comportamento. Os algoritmos permitem que as empresas confiam nas pessoas ao nível que merecem: de forma dinâmica e em escala. A confiança é uma via de duas mãos. As pessoas precisam acreditar também na empresa onde trabalham, para estarem conectadas”, afirma Betsy Burton, Vice-Presidente e Analista Distinta do Gartner, que destaca os quatro elementos fundamentais da confiança: produzir resultados; ser previsível; compreender o contexto humano; ser visível.