16/10/2017
Ampliar as possibilidades de apoio a pequenas empresas inovadoras e incentivar investimentos em inovação no país, principalmente nas áreas estratégicas de Manufatura Avançada e Internet das Coisas. Esse é o objetivo principal do acordo entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assinado no dia 03 de outubro, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. A solenidade contou com presença do governador Geraldo Alckmin, do vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio França, do presidente da FAPESP, José Goldemberg, e do presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.
O acordo de cooperação aproxima o acesso de empresas emergentes inovadoras – que já tenham sido apoiadas no âmbito do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) – a linhas de crédito do BNDES e a instrumentos de renda variável (Fundos de Investimentos à Inovação), a partir de avaliação econômica realizada pelo Banco.
O acordo também possibilita a articulação de ações entre FAPESP e BNDES para projetos específicos, como os Centros de Pesquisa em Engenharia mantidos pela Fundação em parceria com empresas e instituições de pesquisa. Espera-se que, com o acordo, seja possível a complementaridade de instrumentos e ações do BNDES e da FAPESP para o desenvolvimento desses centros.
“O convênio assinado hoje é importante porque nos ajuda a entender o processo pelo qual a pesquisa científica e tecnológica origina empresas e desenvolvimento econômico. O problema é que, assim como no resto do mundo, na fase seguinte da inovação, elas precisam sobreviver ao ‘vale da morte’. Agora, com o acordo com o BNDES, aquelas que tiverem desenvolvido viabilidades tecnológicas, terão oportunidade de acesso a recursos do Banco para introduzir seu produto no mercado”, disse Goldemberg.
Em alguns casos, sublinhou Goldemberg, o desenvolvimento de novas tecnologias exige um esforço maior, que precisa ser feito em parceria com grandes empresas, como é o caso dos Centros de Pesquisa em Engenharia constituído pela FAPESP e empresas como a Shell, Peugeot Citroën, GSK, Statoil, Natura, entre outras, em cooperação com universidades e institutos de pesquisa.
O acordo prevê a avaliação conjunta de focos tecnológicos relevantes para formulação de políticas públicas e coordenação de esforços para investimentos no país, como o lançamento de chamadas conjuntas de projetos relacionados à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Manufatura Avançada e Internet das Coisas.
Rabello de Castro destacou que o investimento em inovação é uma das prioridades estratégicas do BNDES. “Investir em inovação é investir duas vezes, pois ela é aquilo que impulsiona e o que permite o desenvolvimento. Pesquisa, junto com a educação, é o investimento com melhor rentabilidade econômica para devolver à sociedade”, disse.
O acordo entre a FAPESP e o BNDES tem vigência de cinco anos e será elaborado plano de trabalho para detalhamento e acompanhamento das atividades.
“Com essa boa parceria, muito desses projetos poderão ter produtos lançados no mercado. Então, o PIPE da FAPESP terá o reforço do BNDES, podendo expandir suas atividades, para seus bons projetos prosperarem, seus produtos serem lançados, como também os centros de engenharia. Como santista, posso dizer que essa parceria é como Pelé e Coutinho no estimulo à inovação e ao desenvolvimento do nosso estado”, disse o governador Geraldo Alckmin.