A inteligência artificial, a computação em nuvem e os dispositivos móveis são os principais recursos que trarão uma grande transformação nos negócios nos próximos quatro anos. Esta é a principal conclusão da pesquisa Technology Innovation Survey 2013, realizada pela KPMG Internacional, com 881 executivos de empresas do setor no mundo todo. O objetivo do levantamento é identificar instrumentos capazes de quebrar paradigmas e o escopo de mudança em curto prazo.
 
Quando o assunto é a novidade que irá impulsionar essa revolução, os entrevistados citaram a computação em nuvem, os dispositivos móveis e o Big Data.  Já com relação ao consumo indispensável, eles apontaram a biometria (reconhecimento de gesto, face ou voz), computação em nuvem e os dispositivos móveis como as três principais tecnologias que irão viabilizar a aquisição pelo consumidor.
 
"A inovação contínua em computação em nuvem, dispositivos móveis e Big Data permite soluções para diversos setores, tais como a capacitação de economias de escala, acesso virtual às cadeias de suprimento e produtos físicos operando em nuvem. As constatações da pesquisa mostram que os líderes do setor estão confiantes no poder dessas tecnologias de continuar a impulsionar ainda mais a inovação nos próximos anos", afirma Diogo Sousa, sócio da KPMG no Brasil. "Paralelamente, o surgimento constante de outras tecnologias, tais como inteligência artificial e biometria, respaldadas pela computação em nuvem e pelos dispositivos móveis,  irá – gerar oportunidades de inovação nos próximos três ou quatro anos de uma forma que ainda não conseguimos imaginar nos tempos atuais", completa.
 
 
EUA se mantêm como líder em tecnologia
 
Os executivos do setor de tecnologia do mundo inteiro acreditam que os Estados Unidos são o país com o maior potencial para impulsionar os avanços em tecnologia que trarão um grande impacto global nos próximos quatro anos. Entre os entrevistados, 37% disseram que os Estados Unidos mostram-se mais promissores em termos de avanços capazes de quebrar paradigmas e causar impacto global, 24% dos respondentes citaram a China e 10% a Índia, seguidos pela Coreia (7%), Japão (6%) e Israel (6%).  Com relação à pesquisa do ano passado, os Estados Unidos ganharam maior destaque entre os executivos em 2013, já que lidera o levantamento. Em 2012, o país havia empatado em primeiro lugar com a China.
 
Neste ano, a pesquisa da KPMG apresentou, pela primeira vez, um índice de confiança inovador dentro das possibilidades de cada mercado em relação à inovação tecnológica. A avaliação leva em conta dez fatores de sucesso incluindo talento, infraestrutura, incentivos e capital.  As notas mais altas foram atribuídas a categorias como oferta de talentos e infraestrutura de tecnologia, até mesmo nos mercados asiáticos emergentes da China e da Índia. A nota mais baixa foi dada aos incentivos do governo, categoria que foi mundialmente avaliada como a mais fraca por mais de um terço (36%) e pelos mercados individuais como os Estados Unidos (49%). Já em nível regional, as Américas superaram a região da Ásia em termos de confiança nos recursos de inovação tecnológica enquanto a Europa e o Oriente Médio ficaram para trás.
 
Os respondentes da pesquisa veem os Estados Unidos como o principal inovador tecnológico na classificação mundial. Tal opinião se traduz no fato de que um número de executivos menor (33%) do que aquele apresentado em 2012 (44%) disse que provavelmente o centro de inovação tecnológica do mundo mudaria do Vale do Silício para outro país nos próximos quatro anos. De forma não surpreendente, somente 25% dos respondentes americanos acreditam que tal mudança é provável. Contudo, 64% dos respondentes na Índia, em comparação aos 48% do ano anterior, preveem que o centro irá mudar. Na China, 49% dos respondentes, em comparação aos 60% do ano anterior, preveem uma mudança. Entre os respondentes que acreditam que o centro irá mudar, muitos consideram, mais uma vez, que a China é o país que mais tende a ser o principal centro de inovação.
 
Mulheres na liderança
 
Embora Bill Gates e Steve Jobs tenham fundado as suas próprias empresas há alguns anos e não sejam mais líderes em suas respectivas empresas, o fato de terem sido os principais visionários e inovadores no mundo da tecnologia é algo simplesmente extraordinário para os entrevistados da pesquisa. Eles elegeram Larry Page e Elon Musk na terceira posição e Marissa Mayer entrou para lista como a única mulher entre os 19 visionários no mundo inteiro. A Google foi considerada a empresa líder  em inovações que quebram paradigmas, seguida da Apple, da Microsoft e da Samsung, de acordo com a pesquisa.
 
A pesquisa foi realizada no período de maio a junho de 2013. Foram entrevistados 881 executivos de negócio do mundo inteiro cujas organizações tinham como foco a tecnologia. Dentre os entrevistados, 34% estavam na região das Américas, 37% na região da Ásia-Pacífico e 30% na região da Europa, Oriente Médio e África. Dos respondentes, 27% estavam localizados nos Estados Unidos, 13% na China e 10% na Índia.
 

O estudo pode ser acessado em www.kpmg.com.