Encontrar empresa por:

Ícone TítuloNotícias

Compartilhe:

Estudo da ABES apresenta cenário sobre SaaS no Brasil

14/12/2015


Do total das 136 empresas de software que responderam à pesquisa, somente 7% se enquadram como uma empresa puramente SaaS
 
A ABES divulga o resultado de sua pesquisa sobre o Mercado Brasileiro de SaaS (Software as a Service - Software como Serviço). De acordo com a entidade, esse é o primeiro estudo dedicado ao segmento no Brasil e partiu da necessidade de identificar melhor a atuação das empresas de software neste novo meio de comercialização e, consequentemente, ajudá-las a aprimorar os seus negócios. Para realizar o download da pesquisa, basta o associado se conectar no portal por meio do seu login e senha. As empresas não-associadas precisarão preencher um simples cadastro.
 
Respondida por 136 empresas de software localizadas no Brasil, a pesquisa foi preparada pelo Comitê SaaS da ABES, criado neste ano com o objetivo de identificar as melhores práticas, fomentar a inovação e orientar as empresas interessadas em migrar suas soluções para o formato de venda como serviço. 
 
“A primeira constatação que tivemos com a pesquisa foi sobre o equívoco existente no mercado em relação ao conceito: ‘empresa SaaS’. Muitos acreditam que somente ter uma oferta na nuvem caracteriza uma empresa como sendo SaaS, quando para isso, de acordo com o IDC 2010 Software Taxonomy, a empresa precisa ter o seu negócio como um todo voltado para este modelo, além de ter uma aplicação”, explica Lauro de Lauro, coordenador do Comitê SaaS da ABES. Por essa razão, o estudo levou em consideração, em seu questionário com 44 perguntas, a proposta de valor aplicada pela empresa; seu modelo de negócios; investimento em Marketing e Vendas e a gestão da companhia. 
 
De acordo com o estudo, uma empresa puramente SaaS requer as seguintes macro características: não requerer instalação específica para cada cliente; as customizações são padronizadas e adaptáveis a todos os clientes; arquitetura do software é orientada a serviços, implantação e operação criada para a máxima eficiência; a contratação do serviço não envolver questões de licenciamento; a entrega do software ser feita, necessariamente, por meio de um navegador ou apps mobile; foco na experiência do usuário, alta escalabilidade e preços agressivos.
 
Com isso, a pesquisa permitiu identificar e caracterizar dois grupos distintos de empresas: orientadas ao mercado empresarial - Empresarial ASP e Empresarial SaaS; e orientadas ao mercado de consumo - ASP e Pura SaaS. Entende-se por ASP as empresas de provisionamento de aplicações como serviço (ASP - ApplicationService Provisioning), que tecnicamente é diferente de SaaS.
 
Do total das 136 empresas de software que responderam à pesquisa – 3,7% de todas as empresas de software identificadas no estudo Mercado Brasileiro de Software e Serviços ABES 2015 – somente 7% se enquadraram como puramente SaaS. A maioria, 56%, foi classificada como ASP.
 
11,76% das empresas de software que responderam ao estudo afirmaram que não estão prevendo uma oferta SaaS. 74,3% afirmaram ter um produto comercializado por meio da internet. Dessas, 79,8% existem há mais de 12 meses. 37,3% têm faturamento inferior a 10%, contra 31,3% acima de 70%. Das empresas “Pura SaaS”, 83,3% tem faturamento superior a 70% com o SaaS.
 
Entre os motivos que levaram uma empresa a criar um produto SaaS, 42,4% afirmaram que a decisão partiu da evolução natural dos produtos existentes e 22,2% devido à identificação de uma oportunidade.
 
Nas entrevistas qualitativas, ficou claro que o SaaS é um benefício para as empresas que desejam aceleram suas atividades, reduzir custos e focar os esforços da TI no negócio. Também foi identificado que a jornada das empresas de software para o SaaS é fundamental para a sobrevivência do negócio no futuro e que existe uma preocupação em adotar o modelo.
 
“Com esse primeiro passo para a compreensão do mercado e a geração de conhecimento, conseguiremos ajudar diversos atores do mercado de software nacional para que possam elaborar políticas e programas de incentivo ao setor e apoiar as empresas no direcionamento de suas estratégias”, afirma Lauro.