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Está na hora de trocar a transformação digital por inovação contínua

26/11/2019



Por Michael Allen*

As organizações estão em uma esteira de inovação contínua. À medida que o mundo se torna digital, as expectativas dos clientes por novas experiências, serviços e funcionalidades aumentaram exponencialmente. Os exemplos mais claros disso são vistos nos ciclos anuais de smartphones ou até mesmo nas atualizações de aplicativos que recebemos diariamente. A necessidade de fornecer o melhor e o mais recente tornou-se um problema para toda e qualquer empresa – é por isso que a Amazon lança novos programas a cada 11 segundos para atender demandas de consumidores ou resolver as pressões do mercado. Esse modelo é seguido também por companhias modernas que buscam se transformar digitalmente para criar uma vantagem competitiva para suas ofertas.

No entanto, visualizar a transformação digital como o objetivo final de uma jornada pode ser um grande desafio para as organizações, a exemplo do que ocorreu com a Kodak e a Blockbuster quando tiraram o pé do acelerador. À medida que os projetos de transformação digital atingem o que parece ser seu destino final, as companhias se tornam mais vulneráveis aos concorrentes “nativos digitais”, que estão constantemente ultrapassando os limites e olhando como podem surpreender ainda mais o mercado com algo novo. Por isso, as empresas deveriam mudar a maneira como encaram a transformação, tratando-a como uma atividade constante e não apenas como uma meta final. Ter inovação presente em todas as atividades permite a evolução constante das empresas, assim como a adaptação para os novos movimentos de mercado que podem surgir a qualquer momento.

Para alcançar a inovação plena, as organizações deveriam ir além da infraestrutura estática, reforçando a migração para a computação em Nuvem vista nos últimos anos. Ter um ambiente de TI híbrido e mais dinâmico é crucial para impulsionar a entrega contínua de novos produtos e serviços, pois a inovação constante exige um ecossistema de tecnologia flexível e escalável, que possa acompanhar o ritmo da mudança. Arquiteturas nativas de Cloud construídas com microsserviços e contêineres promovem processos mais rápidos de desenvolvimento e implementação. Isso fornece às empresas os alicerces para permitir a inovação contínua na velocidade que os clientes exigem.

Por outro lado, a complexidade criada pelos ecossistemas baseados em Nuvem Híbrida pode ser problemática para as equipes de tecnologia, que não têm visibilidade para identificar a causa raiz de alguns problemas de performance que podem afetar os usuários finais. Portanto, a tendência é que cada vez mais organizações adotem recursos de Inteligência Artificial para ajudar suas equipes a agirem de forma mais rápida e assertiva diante de eventuais problemas, ou possíveis interrupções que possam gerar impacto na performance corporativa.

A tecnologia é fundamental para ajudar as empresas em suas jornadas digitais e na correção automática dos sistemas. Mas mudar para ambientes em Nuvem é apenas metade da batalha - apenas porque as organizações têm um ecossistema de tecnologia mais dinâmico, isso não significa que elas se tornem ágeis da noite para o dia. Uma vez que as organizações tenham total visibilidade de ponta a ponta de suas redes de Nuvem Híbrida, elas devem procurar mudar a mentalidade das equipes de TI para criar uma cultura mais ágil e dinâmica.

Essa mudança de mentalidade pode ser alcançada com a adoção de DevOps, que permite que as organizações obtenham uma cultura colaborativa mais ágil, quebrando os silos em que as equipes de desenvolvimento e operações trabalham. Isso cria um ambiente em que cada equipe trabalha em direção a objetivos compartilhados e específicos. Para empresas que buscam alcançar inovação contínua, o DevOps deve se tornar mais do que apenas uma norma cultural para as equipes de TI. Em vez disso, deve ser visto como um componente crucial na forma como a empresa opera.

Uma cultura DevOps ajuda as organizações a se tornarem mais confiantes em seu código, com diferentes equipes trabalhando juntas para garantir que tudo funcione dentro dos parâmetros definidos para a experiência dos clientes. Para conseguir isso, no entanto, as equipes de DevOps precisam de visibilidade completa do impacto de seu código na performance da rede como um todo. A cultura colaborativa significa que todos têm acesso a essas ideias, garantindo que a equipe completa esteja trabalhando a partir de uma única fonte de verdade nos negócios.

As organizações podem levar isso adiante com o BizDevOps, tornando a inovação como algo positivo para o sucesso dos negócios e integrando especialistas de diferentes áreas para a criação de um ecossistema digital que surpreenda os consumidores em duas jornadas de compra e de interação com as marcas por meio de seus canais eletrônicos. Isso estabelece um foco mais profundo e organizacional na inovação e garante que todos estejam trabalhando juntos para melhorar a capacidade da organização de atender às necessidades de seus clientes.

A criação de um ambiente de TI mais dinâmico e de formas ágeis de trabalho em uma empresa pode ajudar as equipes de negócios a encontrarem novas maneiras de solucionar seus desafios, impulsionando a inovação e aprimorando verdadeiramente a experiência de seus clientes. Em uma era de constantes mudanças, a necessidade de inovação contínua é maior do que nunca, demandando que as empresas busquem uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes.

Com aplicações em Nuvem, ambientes híbridos, estrutura dinâmica e um novo olhar sobre os negócios, as inovações vão surgir de forma rápida e assertiva. A mudança de mentalidade, combinando novas ferramentas e sistemas com uma revisão completa da maneira como uma organização opera, criará ambientes técnicos e operacionais diferenciados. A jornada pode parecer difícil, mas a tecnologia já está disponível para promover as mudanças necessárias de forma automática. Sem dúvida, as empresas que terão sucesso no futuro já estão escolhendo hoje o caminho correto para a suas novas jornadas.

* Michael Allen, VP Worldwide Partners da Dynatrace

Aviso: A opinião apresentada neste artigo é de responsabilidade de seu autor e não da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software