O número de empresas de gestão de ativos no mundo deverá cair pela metade até 2030, de acordo com o relatório “Investindo no futuro” (Investing in the future, em inglês) realizado pela KPMG Internacional. O estudo aponta que o setor irá passar por uma transformação radical ao longo dos próximos 15 anos em virtude dos enormes avanços na tecnologia e mudanças na demografia, valores sociais e comportamento dos clientes.
"Há uma grande oportunidade para os players não tradicionais que podem prosperar à medida que eles agirem rapidamente para implementar estratégias digitais e de dados mais relevantes. Marcas confiáveis que causam repercussão e atraem uma base de clientes mais diversificada, bem como a geração mais nova, poderão ganhar escala rapidamente”, analisa o sócio da área de serviços financeiros da KPMG no Brasil, Oliver Cunningham.
O relatório prevê que, até 2030, a base de clientes de um gestor de ativos comum será completamente diferente à medida que a geração X se aproxima da aposentadoria, a geração Y amadurece e a classe média se expande em mercados emergentes. Segundo a publicação, os atuais modelos de negócio não serão adequados à finalidade pretendida. "Estamos prestes a vivenciar a maior reestruturação do setor. As duas maiores questões que precisam ser abordadas são a tecnologia e a base de clientes, que passam por transformações, e os gestores de ativos precisam focar seus esforços nessas áreas", analisa Cunningham. “É preciso ter ciência de que o perfil dos compradores se tornará diferente e mais diversificado do que hoje, o que inclui investidores muito mais jovens. Além disso, é inegável que as mulheres estão controlando uma parte cada vez maior da riqueza familiar”.
O relatório também destaca a importância de investimentos tecnológicos em novos focos. O estudo aponta que os gestores de ativos ainda têm um longo caminho a percorrer em relação ao reconhecimento e à exploração de big data e data analytics. Embora a área de TI já esteja atraindo uma quantia de investimento significativa, há uma ênfase muito reduzida no desenvolvimento da arquitetura para atender às necessidades comerciais futuras.
Por fim, a publicação prevê que a maioria das pessoas comprará produtos de investimento on-line, em vez de comprá-los diretamente de um consultor. “A crescente relevância das comunidades e das redes sociais on-line também está mudando as atitudes e os comportamentos. Os consumidores estão cada vez mais buscando opiniões de outras pessoas em vez de buscar conselhos, orientações e direcionamentos de profissionais”, finaliza Cunningham.
Para ter o estudo completo acesse
http://www.kpmg.com/Global/en/IssuesAndInsights/ArticlesPublications/investing-in-the-future/Pages/report-fs.aspx.