05/10/2015
4ª Conferência Campinas Startups teve o apoio institucional da ABES
Grandes empresários de vários setores, empreendedores e investidores estiveram reunidos nesta sexta-feira (2) na 4ª Conferência Campinas Startups, realizada na PUC-Campinas. Para eles, a crise é uma oportunidade de encontrar novos nichos de mercado diante das dificuldades das empresas e compartilharam soluções inusitadas adotadas em momentos de retração.
O evento, promovido pela Associação Campinas Startups (ACS), contou com o apoio institucional da ABES e reuniu mais de 300 pessoas, consolidando-se hoje como o maior voltado para empreendedorismo e startups do interior de São Paulo.
Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC e que já esteve no comando da OI e TAM, contou aos participantes as inúmeras medidas adotadas pelas empresas pelas quais passou. Neste ano, numa ofensiva diante da estagnação do crescimento da empresa, considerada a maior operadora de turismo da América Latina, a CVC lançou um pacote para volta ao mundo por US$ 3.500,00.
“Com a alta do dólar, o tráfego de viagens internacionais caiu pela metade. Mas, se o câmbio está alto, eu não consigo mudar isso, eu aumento o sonho de quem quer viajar”, disse Falco sobre medidas adotadas na CVC.
Para Felipe Forjaz, fundador da Elemidia, empresa pioneira em mídia digital out home of cujo modelo é encontrado normalmente em elevadores e edifícios, o empreendedor não deve deixar o sentimento de crise tomar conta do negócio.
“Na crise de 2006, as empesas passaram a ter demanda de mídia segmentada e mais assertiva. O investimento que era em massa passou a ser segmentado. A Elemidia se beneficiou disso, criando um novo nicho de mercado para essas empresas”, afirmou Forjaz, que também é co-fundador da Connecta Ventures, onde atua hoje. A Elemidia foi vendida recentemente para o Grupo Abril.
O evento contou ainda com a participação do presidente da Check Express Group, e profissionais que realizaram um bate-papo numa mesa-redonda, além de empreendedores que apresentaram seus cases, trajetórias e dificuldades no empreendedorismo.
Tatiana Pezoa, fundadora da Trustvox, contou como iniciou sua empresa com uma dívida de R$ 100 mil após ter falido a startup anterior. “Tudo que passei serviu para que eu soubesse o que não fazer, quais erros não cometer mais. Hoje registramos crescimento na empresa porque olhamos para o cliente e criamos soluções neste momento em que as pessoas não querem gastar”, disse.
O presidente da ACS, Wilson Campanholi Junior, avaliou o evento como uma grande oportunidade de aprendizado e compartilhamento de informações. “Com certeza, tudo o que foi dito aqui serve para impulsionar e estimular o setor de inovação e de todos aqueles que não querem se deixar abater com a crise”, disse.