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Ecossistema de startups no Brasil está em expansão

 20/10/2016

 
Encontro realizado pela ABES discute tendências e perspectivas
 
No Dia Nacional da Inovação, a atuação dos fundos de investimentos e das aceleradoras, além de cases de sucesso de empresas investidas, novas oportunidades de negócios e o papel das startups na transformação digital foram alguns dos temas tratados no evento “ABES e o Mundo das Startups”, organizado pela ABES, no dia 19 de outubro, em São Paulo. O objetivo do encontro foi promover a integração dos associados da entidade com o ecossistema brasileiro de startups, em fase de expansão, discutir as tendências mundiais e as perspectivas deste modelo de negócio baseado em tecnologia e inovação.     
 
Alan Leite e Jamile Marques: importância de alavancar a inovação

Jamile Sabatini Marques, diretora de Inovação da ABES, deu as boas-vindas aos participantes e destacou que o objetivo do encontro era estimular a integração dos associados da entidade com o ecossistema brasileiro de startups, em fase de expansão, discutir as tendências mundiais e as perspectivas deste modelo de negócio baseado na tecnologia e na inovação. “Consideramos importante ver as corporações e as startups empreendendo juntas e integradas, a fim de alavancar a inovação no Brasil ”, comentou.

Para acessar as apresentações, clique sobre o nome de cada palestrante.     
 
A importância de conectar as empresas e as startups também foi enfatizada por Francisco Camargo, presidente da ABES, ao lembrar as mudanças ocorridas no ranking de empresas mais valiosas no mundo nos últimos 10 anos, cujos primeiros postos passaram a ser ocupados por empresas de tecnologia, como o Google e Apple. Ele lembrou que o Brasil tem um ambiente regulatório complexo e que a associação tem trabalhado em propostas que visam fortalecer as indústrias brasileiras inovadoras, como a elaboração de políticas públicas de longo prazo, melhorias no relacionamento entre governo, empresas e as universidades, e a descentralização das fontes de fomento por meio de agentes regionais e incubadoras.  
 
Rede integrada de apoio às startups
 
Alan Leite, CEO da Startup Farm, aceleradora privada líder na América Latina, falou sobre oportunidades para startups em áreas como saúde, educação e serviços financeiros. “As fintechs estão trazendo nova dinâmica para o segmento financeiro e o e-commerce via mobile representa apenas 8% do mercado, apesar de o brasileiro ser bastante conectado via smartphones. Tem muito a crescer ainda”, destacou.
 
Leite considera que o país precisa melhorar a educação empreendedora e que o ecossistema brasileiro de startups avançou bastante desde 2010. “Os investidores brasileiros ainda são avessos aos riscos, mas o capital disponibilizado para as startups vem aumentando”. Ele comentou ainda sobre o Dínamo, um movimento de articulação na área de políticas públicas focado no ecossistema de startups, que está trabalhando para melhorar o ambiente de negócios no país e na aproximação com agentes governamentais. O executivo apontou que o Brasil tem ecossistemas regionais relevantes de inovação e startups, tais como: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Campinas (SP), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP).       
 
Na sequência, Andriei Gutierrez, Coordenador do Brasil, País Digital, iniciativa da ABES para o debate da importância dos dados na transformação digital, e gerente de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da IBM Brasil, trouxe vários exemplos de projetos brasileiros e de outros países que impactam positivamente na indústria, meio ambiente, educação, saúde, mobilidade urbana, entre outros setores. “As startups têm um papel fundamental na resolução de problemas e em proporcionar mais qualidade de vida às pessoas”, destacou.
 
Francisco Camargo e Felipe Ninni, da Inssed 

Felipe Ninni, gerente de Negócios da INSEED Investimentos, explicou como a empresa do mercado de capitais atua no fomento de startups, em busca de negócios inovadores, que possuam fortes diferenciais competitivos e resolvam problemas de mercado relevantes. A INSEED é uma das gestoras dos fundos CRIATEC, que contam com recursos do BNDES. “Investimos em startups hard tech, que ofereçam produtos para o mercado B2B, tanto as que estão em estágio inicial como as que apresentem receita anual de até R$ 20 milhões. Colaboramos com o desenvolvimento da equipe, do mercado e dos produtos, para que as startups deem retorno ao capital investido e se tornem empresas com gestão estruturada, planejamento estratégico e governança”, explicou.
 
Renato Intakli e Vanda Scartezini destacaram o sucesso da Parallaxis

Presidente do conselho da FITec, uma fundação privada da área de inovações tecnológicas, e Diretora da Polo Consultores Associados, a executiva Vanda Scartezini trouxe para o evento o case de sucesso da startup Parallaxis, um projeto de investimento compartilhado de alta complexidade da fundação. Ela explicou ainda sobre o papel da instituição no desenvolvimento dos negócios e na retenção de talentos no Brasil, ao dar oportunidade aos profissionais de atuarem em projetos tecnológicos de alta complexidade.
 
Renato Intakli, sócio e diretor da Parallaxis, contou que a empresa nasceu como uma consultoria econômica e financeira tradicional e evoluiu para se transformar em uma startup que atua com estratégia de mercado, dados e pareceres por meio da união entre inteligência econômica e tecnologias de data science e machine learning. “Temos atendido demandas específicas de clientes, no formato taylor made. A parceria com o a FITec vem para nos ajudar a ter uma solução inovadora, digital e escalável”, esclareceu. Entre os objetivos da Parallaxis estão: aliar conhecimento de economia e finanças com forte base tecnológica e criar uma nova experiência de análise de dados, democratizando o acesso a indicadores e análises mercadológicas. Sindipeças e ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio são alguns dos atuais clientes da empresa.