18/05/2015
Entidade já reúne seis empresas que representam 90% do mercado
As empresas que atuam na certificação digital agora têm uma associação: a Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD). Para presidir a entidade foi escolhido o empresário Júlio Cosentino, que é vice-presidente da Certisign. Para diretor-executivo, que assumirá a frente da ANCD e será seu porta-voz, o grupo de associados-fundadores nomearem Antonio Sérgio Borba Cangiano, que tem vasta experiência no segmento de TI e passagens por grupos de grande expressão, como Serpro, IMA, Prodesan, IBM, Unisys, Origin, ITI, entre outros.
“Nossos primeiros associados são Certisign, Serasa, Valid, Boa Vista, Soluti e ACBr. Essas seis empresas representam 90% do mercado certificador digital”, informa Cangiano. Segundo o diretor executivo, essas empresas são privadas, mas todas as demais do segmento, incluindo as públicas, serão convidadas a participar da nova entidade. Segundo Antonio Sergio Borba Cangiano, o objetivo da ANCD será o de promover a certificação digital e suas relações com a sociedade, de forma a contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País, além de esclarecer as dúvidas em relação ao segmento e destacar a importância de fazer um certificado digital.
Para Antonio Cangiano, por conta dos enormes benefícios na segurança de seu uso na internet e do valor que ela incorpora ao documento, a certificação digital garante a integridade de conteúdo, a certeza de autoria e a validade jurídica em todos os fóruns nacionais e internacionais. ““Vamos mostrar ao público em geral que essa tecnologia é atual e representa o futuro das relações. A certificação passou a ser a melhor opção em relação aos modelos tradicionais, tanto assim que a nossa Justiça já utiliza largamente a certificação digital na análise e condução dos processos”.
A ANCD irá atuar no sentido de mostrar essas vantagens em termos de segurança e facilidades que a certificação digital possibilita. É muito importante destacar, segundo Cangiano, que além de ser um instrumento seguro, a certificação digital tem validade jurídica. “Documentos assinados por meio da certificação têm a mesma validade que os papéis físicos, que requerem coleta de assinaturas, reconhecimento de firmas, registros, autenticações, deslocamentos e outras providências burocráticas, que levam as pessoas e empresas a gastarem mais e perderem muito tempo”.
A certificação digital proporciona a eliminação da burocracia e o ganho de tempo, e isso traz a redução de custos diretos e indiretos, como a manutenção de espaços para armazenar documentos. “Queremos destacar que a certificação digital permite o trabalho num universo praticamente sem o uso do papel”. Para se ter uma ideia, desde a implantação da nota fiscal eletrônica, mais de 10 bilhões de notas fiscais deixaram de ser emitidas, com a consequente economia de papel, tempo, custos de remessa e espaços para a guarda desses documentos. Até o mês de fevereiro, outro dado bastante relevante e que mostra a evolução da certificação digital, foram emitidos 9,353 milhões de certificados, o equivalente a um crescimento de 15% ao ano. Segundo Julio Cosentino, o setor representa uma evolução tecnológica. “O avanço de nossa entidade certamente irá espelhar essa nova realidade, a relevância do setor certificador”.
A entidade começou a ser formulada ainda em setembro do ano passado. “Ao longo de mais de seis meses, tempo que durou a gestação da ANCD, tudo foi muito bem discutido. Vamos fazer a promoção, educação sobre a certificação digital, o aperfeiçoamento das relações da indústria com os Poderes, atuando com um código de ética moderno e adequado às novas tecnologias e a promoção de negócios sustentáveis”, finalizou o diretor-executivo da nova associação.