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Do medo ao autodesenvolvimento: veja que foi abordado no webinar da ABES
12/05/2020
Historiadores, cientistas sociais e economistas apontam que a pandemia da Covid-19 está acelerando mudanças e estimulando questionamentos sobre o modelo de sociedade no qual vivemos e o aumento da transformação digital em nosso cotidiano.
Para tratar do assunto, a ABES promoveu o webinar Novos Tempos: "O novo normal - comportamento humano", no dia 06 de maio de 2020. A moderação deste debate foi conduzida por Sandra Boccia, diretora editorial e executiva de um grupo de marcas da Editora Globo, entre elas PEGN e Época Negócios.
Rodolfo Fücher, presidente da ABES, agradeceu aos palestrantes e falou sobre a série de webinares “Novos Tempos”, que a associação começou a realizar desde o final de março para discutir áreas impactadas pela pandemia da Covid-19, cujos vídeos estão disponibilizados no canal do YouTube.
Medo, informação e solidariedade
“Emoções Líquidas” foi o tema abordado por Arthur Bezerra, investidor de #startups e professor na FDC, FGV e IPOG. Arthur ponderou que se um empreendedor não entende o contexto no qual ele está vivendo, como é que ele poderá fazer produtos, serviços e projetos para esta situação. “É nosso dever como líderes, aumentarmos o nível de informação para reduzirmos as nossas ignorâncias, reduzir o nosso terror para um nível de medo. Estamos diante de uma coisa que desconhecemos e devemos entender um pouco esta quarentena, o vírus e as medidas de proteção e prevenção. Com a informação, vamos procurando tranquilizar as nossas equipes e vislumbramos um futuro. Reduzimos o medo com informação e com solidariedade”, destacou.
Luto e heróis da saúde
Omar Ribeiro Thomaz, Professor do Departamento de Antropologia e Diretor do Centro de Estudos Internacionais de Migração da Unicamp, abordou “o mundo pós-pandemia” e explicou que, atualmente, ele participa de um observatório internacional sobre a pandemia. “O comportamento humano não se manifesta de maneira uniforme, pois temos diferentes contextos sociais, culturais e nacionais. O mundo pós-pandemia será marcado por uma imensa imprevisibilidade”, comentou. Omar falou sobre como cada país vive o isolamento social de uma maneira específica. Ele citou ainda assuntos que precisão ser debatidos após a pandemia: como a experiência do luto não vivido de quem não pode de despedir dos parentes que faleceram de Covid-19, a questão da mobilidade e do turismo e a necessidade de valorizar os profissionais que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus: médicos, enfermeiras, profissionais da limpeza, entre outros.
Reforma íntima
“A retomada de um novo ser humano” foi tratada por Elizabeth Leonetti, executiva em gestão de pessoas com forte atuação na reestruturação organizacional, de governança e na liderança de processos de transformação cultural. Ela comentou que ainda não é possível dar respostas para entender esta retomada, mas é possível aceitar que viveremos uma nova onda de transformação comportamentais. “Eu sou otimista e acho que esse ser humano vem com um grande desejo de ser mais humano, que tem medo, que tem incertezas, dedicado ao bem comum e aceitando o convite de fazer uma reforma íntima, olhando mais para dentro de si, de se reinventar”, ponderou.
Ilusão de controle
Rodolfo Araújo, Vice-presidente para América Latina na United Minds, consultoria de transformação cultural, mestre em Comunicação e Jornalista pela PUC/SP, abordou como a possibilidade da transformação constante como sendo um “novo normal”. “Nós estamos sendo obrigados a exercitar nossa visão periférica, a contemplar variáveis que nós não estávamos habituados, a mudar nossa relação com o erro e a exercitar a adaptabilidade. A pandemia nos coloca frente a frente com nossa ilusão de controle”, considerou. A saúde dos negócios se sustenta a partir da saúde física e mental das pessoas. “Como as pessoas são e serão tratadas nas organizações?” é uma pergunta que permanece e deve orientar esta transformação, frente a tantas variáveis que precisarão ser avaliadas no mundo pós-pandemia: processos, preparo das lideranças, espaços de trabalho, comunicação, valores da empresa e aprendizados etc.
Autodesenvolvimento
“As novas práticas de Home Office” foram tratadas por Francisco Antonio Soeltl, fundador e Chairman & CEO do Grupo MicroPower Global, sobre a importância de as pessoas serem protagonistas da transformação digital e sobre o desafio dos empreendedores de realizarem a gestão das mudanças em velocidade exponencial, o que nem sempre é possível. Ele falou da necessidade da criação de um ambiente favorável ao autodesenvolvimento, com mecanismos que fornecem acesso aos especialistas e cursos, e dão suporte ao desempenho e à gestão de conhecimento. “Em linhas gerais, as novas práticas nós já estamos vivendo com o home office, novos protocolos de trabalho, mas temos pela frente um novo horizonte para mirar e nos prepararmos para isso”, concluiu.
Para assistir ao webinar na íntegra, clique aqui.
Historiadores, cientistas sociais e economistas apontam que a pandemia da Covid-19 está acelerando mudanças e estimulando questionamentos sobre o modelo de sociedade no qual vivemos e o aumento da transformação digital em nosso cotidiano.
Para tratar do assunto, a ABES promoveu o webinar Novos Tempos: "O novo normal - comportamento humano", no dia 06 de maio de 2020. A moderação deste debate foi conduzida por Sandra Boccia, diretora editorial e executiva de um grupo de marcas da Editora Globo, entre elas PEGN e Época Negócios.
Rodolfo Fücher, presidente da ABES, agradeceu aos palestrantes e falou sobre a série de webinares “Novos Tempos”, que a associação começou a realizar desde o final de março para discutir áreas impactadas pela pandemia da Covid-19, cujos vídeos estão disponibilizados no canal do YouTube.
Medo, informação e solidariedade
“Emoções Líquidas” foi o tema abordado por Arthur Bezerra, investidor de #startups e professor na FDC, FGV e IPOG. Arthur ponderou que se um empreendedor não entende o contexto no qual ele está vivendo, como é que ele poderá fazer produtos, serviços e projetos para esta situação. “É nosso dever como líderes, aumentarmos o nível de informação para reduzirmos as nossas ignorâncias, reduzir o nosso terror para um nível de medo. Estamos diante de uma coisa que desconhecemos e devemos entender um pouco esta quarentena, o vírus e as medidas de proteção e prevenção. Com a informação, vamos procurando tranquilizar as nossas equipes e vislumbramos um futuro. Reduzimos o medo com informação e com solidariedade”, destacou.
Luto e heróis da saúde
Omar Ribeiro Thomaz, Professor do Departamento de Antropologia e Diretor do Centro de Estudos Internacionais de Migração da Unicamp, abordou “o mundo pós-pandemia” e explicou que, atualmente, ele participa de um observatório internacional sobre a pandemia. “O comportamento humano não se manifesta de maneira uniforme, pois temos diferentes contextos sociais, culturais e nacionais. O mundo pós-pandemia será marcado por uma imensa imprevisibilidade”, comentou. Omar falou sobre como cada país vive o isolamento social de uma maneira específica. Ele citou ainda assuntos que precisão ser debatidos após a pandemia: como a experiência do luto não vivido de quem não pode de despedir dos parentes que faleceram de Covid-19, a questão da mobilidade e do turismo e a necessidade de valorizar os profissionais que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus: médicos, enfermeiras, profissionais da limpeza, entre outros.
Reforma íntima
“A retomada de um novo ser humano” foi tratada por Elizabeth Leonetti, executiva em gestão de pessoas com forte atuação na reestruturação organizacional, de governança e na liderança de processos de transformação cultural. Ela comentou que ainda não é possível dar respostas para entender esta retomada, mas é possível aceitar que viveremos uma nova onda de transformação comportamentais. “Eu sou otimista e acho que esse ser humano vem com um grande desejo de ser mais humano, que tem medo, que tem incertezas, dedicado ao bem comum e aceitando o convite de fazer uma reforma íntima, olhando mais para dentro de si, de se reinventar”, ponderou.
Ilusão de controle
Rodolfo Araújo, Vice-presidente para América Latina na United Minds, consultoria de transformação cultural, mestre em Comunicação e Jornalista pela PUC/SP, abordou como a possibilidade da transformação constante como sendo um “novo normal”. “Nós estamos sendo obrigados a exercitar nossa visão periférica, a contemplar variáveis que nós não estávamos habituados, a mudar nossa relação com o erro e a exercitar a adaptabilidade. A pandemia nos coloca frente a frente com nossa ilusão de controle”, considerou. A saúde dos negócios se sustenta a partir da saúde física e mental das pessoas. “Como as pessoas são e serão tratadas nas organizações?” é uma pergunta que permanece e deve orientar esta transformação, frente a tantas variáveis que precisarão ser avaliadas no mundo pós-pandemia: processos, preparo das lideranças, espaços de trabalho, comunicação, valores da empresa e aprendizados etc.
Autodesenvolvimento
“As novas práticas de Home Office” foram tratadas por Francisco Antonio Soeltl, fundador e Chairman & CEO do Grupo MicroPower Global, sobre a importância de as pessoas serem protagonistas da transformação digital e sobre o desafio dos empreendedores de realizarem a gestão das mudanças em velocidade exponencial, o que nem sempre é possível. Ele falou da necessidade da criação de um ambiente favorável ao autodesenvolvimento, com mecanismos que fornecem acesso aos especialistas e cursos, e dão suporte ao desempenho e à gestão de conhecimento. “Em linhas gerais, as novas práticas nós já estamos vivendo com o home office, novos protocolos de trabalho, mas temos pela frente um novo horizonte para mirar e nos prepararmos para isso”, concluiu.
Para assistir ao webinar na íntegra, clique aqui.