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Conteúdos ilegais continuam proliferando na internet brasileira

04/06/2019

ABES remove mais de 22 mil conteúdos ilegais da internet no primeiro trimestre de 2019, 9% a mais em relação ao mesmo período do ano passado
 
A ABES (Associação Brasileira de Empresas de Softwares) divulga os dados do monitoramento de internet do primeiro trimestre de 2019, que contabilizaram um total de 22.197 conteúdos ilegais removidos da internet – 9% a mais que o mesmo período em 2018. A ação de monitoramento da ABES, que ocorre desde 2005, tem o objetivo de rastrear na internet ofertas irregulares dos programas de softwares das companhias associadas à entidade.
 
De acordo com os dados do monitoramento, todos os tipos de conteúdo ilegal analisados (anúncios, links e sites) aumentaram no período analisado. “Nos últimos meses, o Mercado Livre atualizou de forma radical o seu sistema de PPPI (Programa de Proteção à Propriedade Intelectual), do qual a ABES é membro desde sua criação. Com as mudanças implementadas, conseguimos identificar e denunciar vários produtos piratas de uma só vez, otimizando em muito o nosso trabalho de pesquisa. Além disso, agora também é possível monitorar produtos e perfis no site, facilitando a identificação de casos reincidentes”, explica Rodolfo Fücher, presidente da ABES.
 
A associação foi responsável por detectar 42 sites que violavam o Direito Autoral de Programas de Computador e remover 28 deles no primeiro trimestre de 2019, apresentando um aumento de 90,91% e 100%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. A quantidade de anúncios derrubados também cresceu significativamente (16,61%), chegando aos 12 mil no primeiro trimestre deste ano, em oposição aos 10 mil, no mesmo período em 2018.
 
A menor taxa de crescimento foi a de links removidos, com apenas 1,49%. Isso se deve ao fato da entidade ter recebido no período um número maior de denúncias para remoção de anúncios e websites do que de links.
 
A associação já conseguiu derrubar mais 650 mil conteúdos ilegais na internet desde a criação da campanha de monitoramento, em 2005, quando o índice de pirataria de software no Brasil era de 64%. Atualmente, este índice está em 46%, de acordo com pesquisa da BSA | The Software Alliance. “É um trabalho lento, que demanda horas de pesquisa e monitoramento para identificar qualquer movimento online que viole o Direito Autoral de Programas de Computador. No entanto, esse trabalho tem se tornado cada vez mais rápido e eficiente graças ao auxílio de sistemas como o PPPI do Mercado Livre e denúncias feitas por nossos associados”, afirma Fücher.
 
A entidade reforça a importância de os consumidores ficarem atentos a ofertas muito vantajosas na internet. “Mesmo em sites conhecidos, quando o consumidor encontra uma oferta com valores atrativos e muito discrepantes do comum é melhor desconfiar, porque além de não funcionar em sua totalidade, o software ilegal ainda pode vir carregado com vírus”, alerta o presidente da entidade.