25/09/2017
A Transformação Digital não é mais uma tendência, mas sim uma revolução. Digitalizar os processos de ontem é necessário, mas não é uma estratégia de diferenciação. As empresas precisam construir novos modelos de negócios e se estruturar para o futuro.
Empresas como Uber, Facebook e Airbnb são exemplos de negócios bem-sucedidos na era digital. Mas o que estas companhias têm em comum? Todas as três estruturaram modelos de negócios disruptivos para criar oportunidades onde não existia. O crescimento delas ao longo dos anos é um exemplo de como a tecnologia pode auxiliar na criação de empregos e no desenvolvimento da economia, mesmo em um cenário de negócios desafiador.
De acordo com Eric Duffaut, Chief Customer Officer (CCO) da Software AG, as organizações que não se transformarem rápido irão morrer devagar, o que ele denomina “darwinismo digital”. Para auxiliar as empresas nessa transformação, Eric elencou os cinco pilares para uma jornada de transformação digital bem-sucedida, durante evento organizado pela Software AG, ‘Roundtable: Desafios e oportunidades da Transformação Digital no Brasil’, realizado recentemente em São Paulo e que reuniu CIOs e executivos de diversos setores. Confira:
1 – Criar uma experiência para o cliente acima das expectativas: este deve ser o objetivo principal das organizações; é preciso sempre ter em mente a necessidade de colocar o consumidor em primeiro lugar, como o centro de todos os processos das companhias. Com a tecnologia tudo se torna mais simples - é possível responder e atender ao cliente em tempo real com informações exatas sobre suas necessidades e sua jornada de usuário, e com resultados precisos sobre todas as ações realizadas.
2 – Criar valor por meio de dados em tempo real: as decisões devem ser tomadas sempre baseadas em dados; Big Data em tempo real possibilita realizar as análises que são peças fundamentais para segmentar os clientes e alinhar as ações das empresas para agregar valor de forma personalizada, em função do que cada cliente representa para a companhia.
3 – Transformar processos e construir uma arquitetura empresarial do Século XXI: a transformação da arquitetura tecnológica e de todos os processos da companhia é a base para suportar sua estratégia digital. As empresas precisam de capacidades modernas e robustas de integração de sistemas de TI existentes, on premise e/ou na nuvem, além de gestão de APIs para atender às demandas internas e de seu “ecossistema” digital. Adicione a isso a força das análises em tempo real, tomada de decisões preditiva e Inteligência Artificial, e sua organização terá uma plataforma digital baseada em uma arquitetura do Século XXI para ganhar velocidade, inteligência e transformar dados em valor.
4 – Fundir o mundo físico com o digital: estima-se que vão existir mais de 50 bilhões de dispositivos conectados até 2020. A Internet das Coisas (IoT) permitirá a aparição de novos serviços e funcionalidades ligados a produtos já existentes, e incorporar essa tecnologia possibilitará o ganho de produtividade, competitividade e lucratividade. Não há limites para o potencial do IoT.
5 – Reformular o papel do CIO para CDO: de chefe de sistemas a responsável pela digitalização, ou simplesmente Chief Digital Officer (CDO). Não há mais espaço para a simples administração de TI. Já existem cerca de 20.000 CDOs no LinkedIn e a relevância desta mudança não está no nome do cargo, mas sim no papel de liderança de negócios, com reporte direto ao CEO e participação no comitê de gestão das empresas, o que reforça a natureza crítica da transformação digital.
O software é o motor da inovação nos negócios, proporcionando velocidade e escala. Empresas de diversos segmentos estão utilizando software para criar novos serviços, produtos e novas formas de operar, para então liderar seus mercados. Para Eric, a transformação se assemelha muito ao processo pelo qual passa uma borboleta. “A lagarta se fecha em um casulo, vai mudando aos poucos e depois surge uma borboleta”, explicou. “E é isso o que as empresas precisam fazer. Se transformar, criar asas e alçar voos mais longos e prósperos por meio da tecnologia, causando impactos que literalmente irão mudar o mundo”, completou.