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Catarinenses de tecnologia para saúde ajudam a reduzir gastos e aprimorar qualidade

19/01/2017

As 25 empresas que integram a Vertical Saúde da ACATE
fecharam o ano com crescimento médio de 41% do faturamento
 
Na contramão da crise econômica que assola o Brasil, as 25 empresas que integram a Vertical Saúde da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) registraram um aumento de 13% no quadro de colaboradores em 2016 - atualmente elas geram 668 empregos. E a expectativa para 2017 é ainda melhor, com abertura de 192 novos postos de trabalho.
 
Nove microempresas, 12 empresas de pequeno porte e quatro de médio porte compõem a Vertical, que reúne desenvolvedoras de soluções para o segmento de saúde: são produtos e serviços em áreas como diagnóstico por imagem, gestão de informações médicas, nanotecnologia, biotecnologia e sistemas para laboratórios. Além do saldo positivo em contratações, essas empresas aumentaram seu faturamento em 41% neste ano, com projeção de crescer 60% em 2017. Juntas, elas faturaram um total de R$ 106,5 milhões e pagaram R$ 21,7 milhões em impostos.
 
O mercado das verticalizadas ainda é predominantemente nacional, com destaque aos estados de São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Apesar de apenas 24% dessas empresas venderem para outros países, um dos objetivos para o próximo ano é focar na internacionalização. “Outra meta da Vertical é aproximar-se do Estado, para que, além da criação de empregos e renda, possamos facilitar o acesso da população a produtos altamente tecnológicos e, consequentemente, a uma saúde pública de melhor qualidade”, diz o diretor da Vertical, Walmoli Gerber Júnior.
 
Ainda de acordo com Gerber Júnior, que também é sócio da empresa de física médica e proteção radiológica BrasilRad, com a adoção de equipamentos computadorizados, redes de distribuição de informação e armazenamento de dados, cada vez mais a medicina torna-se preditiva e personalizada. “Os profissionais de saúde já estão presenciando uma revolução no que diz respeito ao acesso remoto de profissionais, auxílio de ferramentas computacionais com inteligência para apoio ao diagnóstico ou terapia”, comenta.
 
Roberto Ribeiro da Cruz, CEO da desenvolvedora de soluções completas para hospitais, centros de diagnóstico e laboratórios Pixeon, o uso de tecnologia está cada vez mais em alta no setor da saúde e neste ano o impacto foi, principalmente, na redução de gastos e no aumento da qualidade no atendimento. “A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, instituição referência no Sul do país, após implantação do PACS Aurora reduziu em 50% o tempo de interpretação e entrega de resultados de exames e aumentou em 25% número de laudos. Já na HapVida Saúde, considerada a maior central em cloud computing do Brasil, a adoção do PACS Aurora auxiliou a reduzir custo de impressão de imagem em 80% e tempo para laudar em 50%. Considerando a implantação do HIS (Hospital Information System), um hospital de Natal diminuiu seu tempo para tomar decisões estratégicas de 2 a 4 semanas para um processo praticamente imediato. Enquanto que outra instituição, de Pernambuco, aumentou em 200%, em apenas dois anos, o número de atendimentos por dia ao começar a utilizar o sistema”, exemplifica o CEO.
 
A inovação, essencial em tempos de crise, e o potencial tecnológico são alguns fatores que fazem as empresas da Vertical Saúde continuarem a crescer. Para o diretor da Vertical, a relação do grupo também ajuda a torná-las mais competitivas. “A troca de experiências acelera o crescimento, abre oportunidades para negócios em comum e facilita a entrada de novos clientes”, explica. Em 2016 foram realizadas 12 reuniões, nas quais as empresas da Vertical discutiram estudos, oportunidades de internacionalização, licitações, fundos de investimento, entre outros temas.