Em fevereiro, o Brasil originou 3% dos ataques de phishing em todo o mundo, ocupando o 4º lugar no ranking de países hospedeiros, junto com Rússia e Chile. Esta lista é liderada pelos Estados Unidos, responsável por 44% da origem dos ataques. Reino Unido e Alemanha estão em 2º lugar, ambos com 5%, e o Canadá em 3º lugar, com 4%. A constatação é do Relatório de Fraude da RSA, divisão de segurança da EMC.
“O ranking de países hospedeiros possui uma variação quase nula no decorrer de cada ano. O Brasil está presente nesta lista desde o ano passado com variações apenas de posição. Isso mostra como os hackers brasileiros vêm se aperfeiçoando com o tempo. Eles têm desenvolvido novas estratégias de ataques e formulado uma quantidade maior de ameaças, não só com alvos nacionais, mas por todo o globo”, afirma Marcos Nehme, diretor da Divisão Técnica da EMC para a América Latina e Caribe da RSA.
Em relação ao número de empresas atacadas, o Relatório da RSA aponta que 257 marcas foram atingidas em escala global e que 48% delas sofreram mais de cinco ataques no mês. Neste universo, o Brasil está em 3º lugar, absorvendo 4% dos ataques no mês de fevereiro e dividindo a colocação com Itália, Índia, Austrália, China e Canadá. Nas primeiras posições ficaram Estados Unidos e Reino Unido, com 30% e 10% das marcas atacadas, respectivamente.
No total, a RSA identificou 27.463 ataques de phishing em todo o mundo no mês de fevereiro, o que representa uma redução de 9% em relação a janeiro deste ano. No entanto, em comparação ao mesmo período do ano passado, o volume de ataques cresceu 31%. De acordo com as análises anuais da RSA, o primeiro trimestre sempre é marcado pela redução nos níveis de ataques de phishing, sendo assim, a RSA prevê que março ainda poderá registrar uma leve diminuição no volume de ameaças.
Ataques por e-mail
As instituições financeiras são o principal foco de ataques de phishing desde que os fraudadores passaram a ter interesses de ganhos monetários. No entanto, o comércio eletrônico e a as redes sociais também vem ganhando espaço neste tipo de crime porque usam endereços de e-mail para autenticar a identidade de seus usuários e, geralmente, as pessoas padronizam o endereço de e-mail e senha para diversos acessos on-line. Desta forma, muitas vezes, quando os fraudadores descobrem a senha do e-mail de uma vítima, ela lhe dá acesso a sua conta bancária.
“As campanhas de ataque por phishing voltadas a usuários de webmail pessoais e corporativos acontecem há alguns anos, mas empresas e prestadores de serviço devem tratar com atenção o resguardo da identidade on-line de seus usuários, pois uma vez que possuam acesso aos dados, os fraudadores podem controlar a conta de e-mail do cliente, gerando prejuízos tanto a usuário final quanto para instituição”, ressalta Nehme.