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Brasil é o 2º em ranking global de fraudes com cartões

21/07/2016
 

A ACI Worldwide, empresa de soluções de pagamentos e serviços bancários eletrônicos, anunciou os resultados do Global Consumer Card Fraud 2016, intitulado “De onde vêm as fraudes com cartões”. A pesquisa, realizada em parceria com o Aite Group, aponta que 49% dos brasileiros disseram ter sofrido algum tipo de fraude com cartões nos últimos cinco anos. Esse número coloca o país na segunda colocação do ranking – atrás apenas do México. Em 2014, quando o último estudo foi feito, o país estava na 8ª posição.
 
O levantamento questionou mais de 6.000 consumidores em 20 países e revelou que as fraudes com três tipos de cartões (débito, crédito e pré-pago) são crescentes em todo o mundo. Em comparação à pesquisa divulgada em 2014, 14 nações relataram um aumento nas fraudes. México, Brasil e Estados Unidos lideram o ranking, com 56%, 49% e 47% das pessoas afirmando ter sofrido algum tipo de fraude nos últimos cinco anos, respectivamente. As regiões com menores índices são Holanda (14%) e Hungria (9%).
 
"Este estudo confirma que a fraude de cartões continua a ser uma questão de grande preocupação para os consumidores ao redor do mundo", afirma Andreas Suma, vice-presidente da ACI Worldwide. "Não é surpresa que há uma relação direta entre as fraudes e a baixa confiança do consumidor. E, como os dados ilustram, é mais crítico do que nunca que as instituições financeiras implementem e mantenham ativamente soluções eficazes de prevenção de fraude que atendam às necessidades de segurança e experiência do cliente. "
 
Com 2.260 violações de dados confirmadas só em 2015, a segurança continua a ser uma questão essencial dentro da indústria de serviços financeiros e entre os consumidores. Apesar da adoção de soluções de análise de fraude por parte dos bancos e comerciantes, juntamente com o uso massivo do EMV (cartão com chip) na maioria dos países, as fraudes de cartões seguem em crescimento em grande parte do mundo.
 
"Os dados mostram, também, que a educação do consumidor e o atendimento ao cliente continuam como um desafio para as instituições financeiras em nível mundial, já que comportamentos arriscados têm relação direta com o aumento das fraudes", diz Ben Knieff, analista sênior de pesquisa do Aite Group.
 
Comportamentos de risco aumentam as fraudes
 
Comportamentos de risco, como deixar o celular desbloqueado quando não está em uso ou carregar a senha do cartão anotada consigo, têm relação direta com as fraudes, e o risco tem crescido cada vez mais devido ao aumento global no uso de smartphones e tablets. Globalmente, 54% dos consumidores apresentaram ao menos um comportamento arriscado, contra 50% em 2014. Entre essas pessoas, 58% já sofreram fraude. Já entre os mais cuidadosos, 36% passaram por essa situação.
 
Países europeus têm menos fraudes de cartão do que as Américas, por conta da adoção antecipada da tecnologia EMV e outros avanços tecnológicos que garantem transações mais seguras.
 
Brasil é o país mais insatisfeito com o atendimento pós-fraude
 
O Brasil é o país com os consumidores mais insatisfeitos com o tratamento dos bancos após a experiência de fraude. Apenas 65% das pessoas estão parcialmente ou plenamente satisfeitas com suas instituições bancárias, contra 90% nos Estados Unidos, país com os consumidores mais satisfeitos com o tratamento dos bancos.
 
Entre os brasileiros que passaram por fraudes, 18% trocaram de instituição financeira em 2016 – número bem menor que o de 2014, quando 33% afirmaram ter mudado. Apesar de não confiarem plenamente nos bancos, a maioria (60%) das pessoas acredita que eles têm feito o máximo possível para proteger seus clientes de fraudes.
 
Globalmente, 14% dos consumidores não têm confiança de que a sua instituição financeira pode protegê-los contra a fraude, uma melhora de quase 20% em comparação com 2014. Além disso, 1 em cada 5 pessoas mudou de instituição financeira devido à insatisfação após passar por fraudes.
 
Sobre a pesquisa
 
A ACI Worldwide conduziu a pesquisa de mercado on-line e quantitativa no segundo trimestre de 2016 e entrevistou 6.159 consumidores. O estudo foi conduzido em 20 países: Brasil, Canadá, México, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Holanda, África do Sul, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Austrália, Índia, Indonésia, Nova Zelândia e Singapura.