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ABES lança 2ª edição do Guia de Fomento à Inovação, em parceria com a ABGI

09/08/2019

Evento contou com palestras de organizações públicas e privadas que incentivam a inovação no Brasil.


A inovação e o aperfeiçoamento de estratégias, processos, equipamentos e tecnologias são elementos centrais para a melhora da competitividade de um país e para a geração de emprego e renda. Ao mesmo tempo, os empreendedores e pesquisadores buscam o apoio das políticas de incentivo para a realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Mas, quais são as linhas de financiamento e fomento existentes no Brasil? Como funcionam? Quais são as mais indicadas para o perfil da minha empresa?
 
Para responder as principais questões sobre este tema, a ABES lançou, em parceria com a consultoria ABGI, a 2ª Edição do Guia de Fomento à Inovação para o setor de TIC, apresentada em evento para um grupo de empreendedores, que contou com palestras do BNDES, ABGI, FINEP, Kick Venture e Fundo BR STARTUPS. A publicação reúne informações sobre os principais mecanismos e programas, com suas respectivas linhas de financiamento ou de incentivos fiscais de apoio à inovação no Brasil. Download do guia neste link.
 
Rodolfo Fücher, presidente da ABES, destacou que “as linhas de financiamento e fomento adequadas são vitais para o desenvolvimento do setor de tecnologia e do software brasileiro. O Guia de Fomento à Inovação proporciona ao empreendedor, seja de uma startup ou de uma grande empresa, condições de avaliar e entender as mais diversas opções existentes no Brasil, com o objetivo de facilitar a identificação do caminho mais indicado ao projeto”. Download da apresentação sobre ABES aqui.


 
De acordo com Jamile Sabatini Marques, diretora de Inovação e Fomento da ABES, o objetivo do Guia é facilitar a vida do empresário. Ela destacou ainda que o mapeamento tem sido usado pelo governo para consulta, tendo em vista sua amplitude. “Identificamos mais de 50 oportunidades de fomento para empresas que precisam apostar na inovação. Para facilitar sua utilização, temos um índice remissivo organizado por tipos de recursos e apontamos a abrangência territorial, o status e o público-alvo”, explicou. Apresentação disponível aqui.
 
Bancos de desenvolvimento e agências de Incentivo
 
Marco Antônio Leite, economista do BNDES, apresentou as diferentes linhas de financiamento do banco, destacando as mais direcionadas ao setor de TIC e as que são apropriadas às pequenas e médias empresas, como também às startups, por meio do BNDES Garagem. “Uma das metas do BNDES é modernizar a infraestrutura do país com foco na economia digital e, dentro dela, a economia criativa, com games e o audiovisual. Procuramos também apoiar a transformação de modelos de negócios tradicionais e a inserção do Brasil na economia global e do conhecimento. Estamos estudando modelos para o apoio às fintechs”. Apresentação completa aqui


 
Leonardo Tavares, consultor da ABGI, apresentou uma visão das fontes de fomento, que se dividem em incentivos fiscais, recursos financeiros diretos e indiretos, além de destacar as melhores práticas para os processos de gestão da inovação. Ele falou sobre as frentes de ação da consultoria junto ao empreendedor, seja orientando-o a respeito das opções de acordo com o projeto, porte da empresa e nível de risco da inovação.  Clique para baixar a apresentação.


 
A Lei do Bem foi abordada por Fernanda Vieira, consultora da ABGI, ao esclarecer que “o objetivo do governo com este incentivo é compartilhar o risco com o empreendedor. Uma das exigências desta regra é a necessidade de as empresas declararem seu IR pelo lucro real, o que demanda um acompanhamento detalhado dos dispêndios com os projetos de inovação, pois tudo deverá ser declarado nos relatórios exigidos de prestação de contas”, explica.
 
Daniel Morita, da FINEP, destacou a amplitude dos projetos de inovação que o órgão financia, com cobertura para a maior parte das despesas, tais como: equipamentos, softwares, treinamento, viagens, serviços de consultoria, estudos de mercado, entre outras. “Para apoiar as micros e pequenas empresas, frente à necessidade de estarmos próximas a elas, a Finep estabeleceu parcerias com os bancos regionais, que são os responsáveis pelos financiamentos que vão até R$ 10 milhões”, explicou.  Apresentação aqui.


 
Fundos e aceleradoras
 
A Kick Ventures, considerada pelo mercado como uma das principais Venture Builder Capital na América Latina, foi representada no evento por seu CEO, Rodrigo Quinalha, que relatou sua estratégia com as startups. “Apoiamos negócios que tenham em seu DNA os 5Ds da transformação digital e do crescimento exponencial”, destacou, os quais são: digitalização, disrupção, desmonetização, desmaterialização e democratização. O jovem empreendedor citou, como exemplo, o dado que aponta que 71% dos empregos atuais deixarão de existir ou serão modificados até 2030, uma dinâmica nova de empregabilidade, que deve impactar na atuação das lideranças. “Buscamos impulsionar a inovação e a disrupção como forma de integrar as corporações ao ecossistema de startups inovadoras que anseiam ter o seu projeto reconhecido globalmente”, completou. Apresentação disponível aqui.
 

Segundo Franklin Luzes Jr., COO da Microsoft Participações, idealizadora do Fundo BR STARTUPS, apesar dos profissionais brasileiros possuírem a criatividade como uma característica forte, principalmente quando o assunto é criação e inovação, “o Brasil não é visto como polo de inovação pelos investidores estrangeiros. É necessário sangue, suor e lágrimas por quem empreende para não ver seu projeto morrer”, apontou. Material para download.
 
Em sua avaliação, grandes corporações podem (e devem) apoiar empresas que estão nascendo. O executivo da Microsoft informou que o fundo conta com a participação de empresas como o Banco Votorantim, Grupo Algar e Banco do Brasil. Ele citou o case da startup brasileira Car10, apoiada pelo BR STARTUP, que criou um aplicativo cujo objetivo é facilitar a vida de quem bate o carro. “Esta plataforma foi 100% construída com inteligência artificial, pois aprendeu a avaliar os danos aos veículos, para fornecer o orçamento, a partir de mais de 50 mil imagens. O sistema faz o georreferenciamento para ver a oficina mais próxima da pessoa, calcula o orçamento para aquele conserto e o pagamento também é feito via aplicativo. Não existe mais a interação humana neste processo”, finalizou.


 
Download da 2ª Edição do Guia de Fomento à Inovação para o setor de TIC, uma parceria ABES e ABGI.
 
Assista o vídeo com um resumo do evento: