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ABES apresenta contribuições para o Plano Nacional de Internet das Coisas

25/01/2017


Fábio Rua, Otavio Caixeta, Maximiliano Martinhão e Francisco Camargo
 
Representantes da entidade se reuniram com
o secretário de Política de Informática, Maximiliano Martinhão
 
 
Para apresentar as contribuições da ABES sobre o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), que está com consulta pública aberta até o dia 6 de fevereiro, representantes da entidade se reuniram nesta quarta-feira (25) com o secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, e com Chefe de Gabinete da Secretária de Política de Informática (Sepin), Otávio Caixeta. Além do presidente da entidade, Francisco Camargo, também participaram do encontro Fábio Rua e Werter Padilha, coordenadores dos Comitês Regulatório e de IoT da ABES, respectivamente.
 
“IoT é um tema extremamente atual, pois as tecnologias estão se popularizando, mas é preciso planejamento para que os recursos disponíveis sejam maximizados e beneficiem efetivamente toda a sociedade. A ABES representa cerca de 2000 empresas do setor de TI no Brasil, incluindo startups, por isso tem um papel importante a desempenhar na construção de um ambiente no Brasil de incentivo à transformação digital, de estímulo à cooperação e inovação, além de impulsionar a competitividade, o crescimento do mercado, fortificando empresas e profissionais do segmento”, destacou Camargo.
 
De acordo com o documento entregue pela ABES, a emergência da IoT é uma oportunidade para o desenvolvimento econômico brasileiro. A ABES ressalta o crescente desempenho local dos setores de software e de serviços de tecnologia da informação, fundamentais para o desenvolvimento e a competitividade nacionais, e chama a atenção para o relevante papel do Estado como indutor do desenvolvimento da IoT. Desencorajando a implantação de uma regulamentação específica para IoT, a entidade alerta para alguns pontos que considera importantes a serem contemplados pela Política Nacional de IoT, como os temas de segurança, privacidade, interoperabilidade, entre outros. A íntegra do posicionamento pode ser acessada aqui.
 
Segundo Fábio Rua, a comunicação, o cruzamento e a análise de dados propiciados pela Internet das Coisas vêm transformando rapidamente a maneira de fazer negócio e viver em sociedade, o que também impacta positivamente na gestão pública.  “Um governo digital, além de indutor de boas práticas, tem o potencial de ampliar a transparência da gestão pública, além de propiciar a disponibilização de serviços cada vez mais conectados, eficientes, ágeis e integrados às necessidades dos cidadãos”. 
 
Werter Pabilha considera que é incontestável que o Brasil será um dos grandes players mundiais em matéria de IoT na próxima década, por usa representatividade econômica, populacional e territorial.  “A questão é saber se seremos um mero mercado consumidor ou se nos estabeleceremos como geradores de tecnologias e serviços em IoT, seja para atender a demanda interna, como também outros mercados mundiais em algumas verticais estrategicamente escolhidas”, explicou.  “O Plano Nacional de IoT tem altíssimo peso e valor para orquestrar estas as iniciativas dentre associações, institutos, acadêmicos, organizações públicas e setor privado, setor financeiro e de fomento, de forma coordenada para que na sinergia do conjunto venhamos a fazer história e desfrutemos do resultado”, finalizou.      
 
Consulta pública
 
A consulta pública busca identificar tópicos-chave para a viabilização de IoT no Brasil. Dividido em vários itens, o documento objetiva obter a opinião dos diversos agentes envolvidos para construir um diagnóstico sobre os desafios e oportunidades de IoT no país. Os resultados serão disponibilizados de maneira consolidada e discutidos pela Câmara IoT, criada pelo governo brasileiro em 2014.
 
Gerenciamento, segurança da informação, investimentos em inovação, proteção e análise de dados, integração entre tecnologias e padrões da plataforma são alguns dos aspectos relevantes que precisam ser considerados em um Plano Nacional de IoT.
 
Além da consulta pública, o MCTIC e o Banco Nacional para o Desenvolvimento (BNDES) realizam, paralelamente, um estudo técnico que vai diagnosticar o cenário nacional e propor políticas públicas em Internet das Coisas, estimulando a cooperação e a articulação entre empresas, poder público, universidades e centros de pesquisa.
 
Toda a movimentação do mercado mundial tem incentivado empresas e demais atores do ecossistema de pesquisa e desenvolvimento a apostar em softwares, dispositivos e soluções industriais para IoT disponibilizados em maior escala, para que os recursos tecnológicos sejam acessíveis às organizações públicas e privadas.