Como o tema Disrupção e Negócios Exponenciais, a
ABES SOFTWARE CONFERENCE 2019, realizada no dia 14 de outubro, estimulou os debates sobre as novas tecnologias, as habilidades e competências requeridas pelo mercado em relação aos novos profissionais, como também apresentou as tendências para as próximas duas décadas e os modelos de negócios disruptivos vindos de Israel e do Vale do Silício, além de contar com a presença de representantes do governo brasileiro que trouxeram a perspectiva da transformação digital em curso no país.
“Vivemos em uma era de inúmeras possibilidades, todos conectados fazendo negócios. Existe um pensamento disruptivo no mercado, reconhecemos a necessidade de descontruir o que se construiu, porque a mudança acontece muito rápido. Disrupção representa o surgimento de uma nova economia que está cada vez mais competitiva e que vai alterar o modo de viver e trabalhar com o qual estávamos acostumados até aqui”, comenta Rodolfo Fücher, presidente da ABES.
No evento, foi lançada a
ferramenta de Diagnóstico LGPD, desenvolvida pela ABES em parceria com a EY, cuja finalidade é auxiliar as empresas a verificarem o seu nível de adequação em relação aos requisitos e exigências da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que entrará em vigor em agosto de 2020.
A conferência foi palco da assinatura da Carta de Intenção entre a ABES e o
Instituto Observatório do Terceiro Setor. Neste documento, as duas organizações concordam em dedicar os melhores esforços para desenvolverem uma parceria cujo foco é colaborar para um país mais justo, solidário e sustentável, contribuindo, principalmente, para a defesa do meio ambiente e a promoção da reciclagem do lixo eletrônico. Joel Scala, presidente do Instituto Observatório do Terceiro Setor, enfatizou que a parceria ajudará a desenvolver uma cultura de responsabilidade social e de sustentabilidade entre as empresas do setor de TIC.
33 anos ajudando a desenvolver o setor brasileiro de TIC
Em seu discurso, Fücher falou sobre a trajetória e atuação da ABES como uma associação que trabalha, desde 1986, para que o Brasil seja “um país mais digital e menos desigual”. Ele destacou ainda o trabalho institucional junto aos principais atores do ecossistema de inovação para diminuir a escassez de mão de obra qualificada e as recentes parceiras de apoio às startups internacionais que tenham interesse em iniciar operações no Brasil e também às startups brasileiras que buscam a internacionalização.
Fücher explicou que os acordos com a Câmara de Comércio Brasil-Canada, com a Bay Brazil e com a IBI-Tech visam promover a troca de experiências em tecnologia digital. “Este ano estamos apoiando a realização da Startup Nation Experience, que é uma missão de negócios para Israel, marcada para dezembro. Nosso objetivo é transmitir aos brasileiros todo o DNA israelense de disrupção tecnológica, desvendar os pilares que sustentam o ecossistema de inovação e incentivar que as parcerias de negócios se transformem em projetos reais entre empresas e startups dos dois países”, relata o presidente da ABES.
Outro ponto destacado foi o
Movimento Brasil, País Digital, lançado em 2016, “que tem por objetivo informar e mobilizar pessoas e organizações interessadas em pensar o Brasil sob a ótica da transformação digital”. Ele informou que a ABES tem comitês de trabalho direcionados para estimular a participação dos associados nos projetos da entidade e nos rumos da indústria brasileira de software e serviços, como também uma estrutura on-line própria para denúncias anônimas de violação dos valores e diretrizes da associação, de acordo com o Programa de Integridade da entidade.
Destaque ainda para o Programa Uma Empresa, que visa orientar os associados sobre a necessidade de eles desenvolverem programas de integridade, com regras contra a corrupção, a concorrência desleal, fraudes e diferentes tipos de assédio no ambiente corporativo e no relacionamento com o poder público.