08/12/2016
*Por Fernando Pedro de Moraes, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas
As tecnologias digitais e seu enorme crescimento eliminaram por completo as barreiras e fronteiras nos mundos “FÍSICO” e “DIGITAL”. Internet das coisas, bancos de dados inteligentes e sistemas interconectados formam neste momento a forma mais CONECTADA, PRÁTICA e EVOLUÍDA de atividades de uma cadeia de valor.
Isso tem um grande significado. Veja: Custos reduzidos e com eficiências cada vez mais diferenciadas (melhoria de performance); Novo modelo de negócio do setor industrial (Criação de produtos e serviços mais inteligentes); Maior velocidade nas estruturas de produção.
Então, os produtos são inteligentes e conectados, se comunicando com os parceiros de negócios, (usuários, fornecedores, clientes, etc.) em novos modelos de negócios digitais, onde permitem uma interação com bases de dados inteligentes para oferecer serviços diferenciados. Um exemplo pode ser associado a produtos em uma linha de produção específica que automaticamente informa a um equipamento da fábrica como devem estes produtos ser industrializados, processados ou montados. A indústria 4.0 possui uma inteligência entre os sistemas e dispositivos conectados, permitindo criar uma “CADEIA DE VALOR” totalmente inteligente digitalmente, suportado pela Internet das Coisas, aqui dentro das estruturas industriais.
Assim, algumas tendências mudarão a vida das industrias e de todos os parceiros de negócio envolvido nesta realidade. Industria baseada em sistemas de produção com inteligência cibernética, relacionando Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), gestão de sistemas de bancos de dados (BIG DATA) e estruturas físicas. O uso das TICs e BIG DATAS, juntamente com o suporte da Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) transformarão estruturas tradicionais em fábricas inteligentes. Os equipamentos das fabricas conversando com produtos, e outros equipamentos, fornecendo informações gerenciais em tempo real e contribuindo para em mudanças significativas em toda a estrutura industrial.
Entendendo a evolução das estruturas industriais - Linha do tempo
Indústria 1.0 - Século 18 - Produção Mecânica – Alimentação a base de água e vapor.
Indústria 2.0 - Século 20 - Produção em Massa – Estruturada no modelo de divisão do trabalho e a alimentação era por energia elétrica.
Indústria 3.0 – Após os anos 70 - Produção com Automação e Implementação de Eletrônica e Tecnologias.
Indústria 4.0 – Atualmente – A industria Digital – Uso de Sistemas de produção cibernética cognitiva.
As tecnologias da Indústria 4.0
Várias tecnologias sustentam a Industria 4.0. Abaixo algumas destas tecnologias associadas à indústria 4.0.
As estruturas de Computação em Nuvem
Estruturas baseadas em Virtualização de Equipamentos e Sistemas conectados e mediados com servidores de serviços integrados de sistemas (dados por demanda), permitindo novos modelos e níveis de segurança, capacidade de resposta e armazenamento, escalabilidade e flexibilidade de utilização. Um exemplo é a ferramenta do GOOGLE, o Google Analytics, que, em tempo real, permite que as informações sejam obtidas a partir de enormes volumes de dados.
Internet das Coisas (Internet of Things – IoT)
A IoT é a interação de objetos (coisas) inteligentes integrados com as diversas atividades dos seres humanos (conexão em rede de objetos físicos, ambientes, veículos e máquinas por meio de dispositivos eletrônicos com coleta e troca de dados).
Big Data
O Bid Data é uma estrutura de analise de dados de forma totalmente complexa, que se baseia em processos inteligentes de gerenciamento de informações.
Toda essa integração das tecnologias conectadas permite criar novas formas de interação automatizada. As redes de sensores inteligentes e seus componentes interconectados controlam as atividades mecânicas das estruturas industriais e as suas relações em um produção mais inteligente e dinâmica. Assim os meios sociais conduzem novas maneiras colaborativas que vão além da estrutura organizacional e as tecnologias de informação e comunicação permitem cada vez mais novos modelos e novos suportes para apliar o processo de tomada de decisões em tempo real.
* Fernando Pedro de Moraes é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas. Mestre em Comunicação e Tecnologia pela UNIP. Especialista em Ciência e Tecnologia pela FUNDAP.