28/05/2019
Estudo foi realizado com 286 executivos C-level na América
A maior parte das empresas está migrando suas aplicações de negócios para infraestruturas baseadas em nuvem (Cloud Computing), em busca de vantagens como agilidade, inovação e crescimento exponencial. É o que aponta um estudo recente realizado pelo SAS Brasil com 286 executivos C-level das áreas de tecnologia e análise de dados de grandes empresas da América Latina, dos quais 180 brasileiros de companhias das áreas de varejo, telecom, setor público, serviços de utilidade pública, indústrias, serviços financeiros e bens de consumo.
A percepção é de que 80% dos clientes têm ou terão um projeto baseado em Cloud Computing nos próximos 12 meses. "A nuvem está definitivamente se tornando um território familiar", destaca o diretor de marketing do SAS América latina, Kleber Wedemann, que esteve à frente da pesquisa, realizada entre fevereiro e março de 2019.
O estudo revela que a tecnologia de nuvem já é uma realidade dentro das empresas quando se trata da aplicação de Analytics: 39,47% dos executivos informam que uma migração para a nuvem está prevista para os próximos 6 ou 12 meses; 27,19% afirmam que já possuem casos de uso de análise de dados na nuvem; e 11,40% informaram que possuem aplicações analíticas na plataforma, mas enfrentam problemas com a sincronização de dados.
Falta de experiência
Ao mesmo tempo em que a pesquisa revela uma tendência de migração para aplicações em nuvem, ela também evidencia a falta de experiência das organizações em lidar com a infraestrutura baseada nessa tecnologia. 47,37% das empresas reconhecem que não têm as habilidades necessárias para migrar e gerenciar uma operação baseada em nuvem, mas estão considerando fazer isso internamente. Já 27,19% procuram um fornecedor externo que possa apoiá-las com essas habilidades, e 25,44% dos entrevistados indicaram que já possuem uma equipe de DevOps (Desenvolvimentos e Operações) treinada em Nuvem.
Para Wedemann, sem acesso a um conjunto sólido de conhecimentos relevantes, a capacidade da organização para aproveitar ao máximo os benefícios oferecidos pela nuvem será limitada. "A migração para a nuvem é uma operação complexa, é preciso contratar e reter os recursos certos. Por conta disso, um grande número dessas empresas está procurando fazer as migrações com um provedor de serviços especializado."
Estratégia de migração
Outro dado relevante da pesquisa mostra que 37,72% das empresas, dentro da sua estratégia de migração para a nuvem, consideram a adoção da tecnologia de contêineres com pouco código, que permite que processos isolados sejam executados em um mesmo sistema operacional.
O ideal, segundo Wedemann, é a adoção de uma estratégia combinada para suportar a estratégia de migração dos clientes. "Essa combinação de contêineres com Analytics é transformacional para a estratégia dos nossos clientes. É o tipo de migração que demanda pouca recodificação e que resulta em muita vantagem de custo-benefício de armazenamento, graças à tecnologia que o contêiner possibilita", aponta o diretor.
As outras tecnologias disponíveis são as de reprogramming, na qual as aplicações são recriadas ou reescritas para rodar num ambiente diferente, apontada por 32,46% dos executivos da pesquisa; e a de rehosting, na qual a aplicação é movida para uma nuvem pública, uma opção mais barata e simples, preferida por 29,82% dos respondentes. Cada tecnologia conta com custos, aplicações e benefícios diferentes.
Segurança da informação é a maior preocupação
A preocupação número um dos tomadores de decisão de TI e analistas de dados na hora de migrar os aplicativos para a nuvem é a segurança da informação (66,67%), seguida pela sincronização dos dados (57,02%) e pelo Acordo de Nível de Serviço - ANS (22,81%).
A segurança da informação é justamente um dos principais benefícios que o armazenamento em nuvem pode propiciar para as empresas, bem como a redução de custos, flexibilidade dos ambientes e redução do Custo Total de Propriedade (TCO). "Além de todos os benefícios atrelados que uma aplicação de cloud propicia, como distribuição do acesso, mobilidade e a contribuição direta para a transformação digital da empresa", finaliza Wedemann.